Zico, em entrevista à Flamengo TV (Reprodução)
Zico não tem dúvidas sobre o modo que a posição de camisa 10 está sendo “extinta” no futebol brasileiro. Neste cenário, Paulo Henrique Ganso é visto como um dos poucos jogadores amplamente criativos que não foram descartados pelos técnicos. Retornando ao Fluminense após sofrer uma miocardite, o meia-atacante busca ganhar a confiança de Renato Gaúcho e reassumir o protagonismo na equipe.
“Acabaram com esta posição. É há bastante tempo um dos poucos camisas 10 do futebol. Quando você tem um jogador do nível dele, na posição real, a possibilidade de sucesso é muito grande.”, disse Zico, ao GE.
“No Brasil, hoje o 10 é sempre estrangeiro. Olha o Flamengo, Corinthians, Vasco… Jogador brasileiro que talvez tenha o maior destaque seja o Ganso. É um jogador espetacular que faz a função. De todos, é o que menos chega na área, mas deixa o companheiro na cara do gol o tempo todo.”, acrescentou.
Zico avalia troca de posição envolvendo Neymar
Surgindo na função de ponta, Neymar assumiu status de “playmaker” ao longo da carreira. Mesmo que tenha exaltado a capacidade do camisa 10, Zico lembrou que não é fácil mudar o estilo de jogo para atuar de costas para os defensores.
“O Neymar virou 10 pela habilidade e qualidade, mas é mais complicado. Ele jogava de frente. Já o 10 está de costas. Tem de saber usar esta situação. O Neymar sempre se destacou pela esquerda indo para o meio. Depois trocou de posição pela competência e também se destaca.”, externou.
Capacidade de Alan Patrick
Destaque na vitória do Internacional contra o Atlético Nacional ao anotar três gols, pela Libertadores, Alan Patrick vive uma excelente fase. Chamando a responsabilidade, o maestro do Colorado, além de passes certeiros, costuma levar perigo nos arremates, algo elogiado por Zico.
“O Alan Patrick é um dos poucos brasileiros da posição. O Eduardo, quando jogava no Botafogo, foi muito bem. São jogadores que chegam e finalizam. Eles deixam o cara na frente do gol.”, afirmou.
