
Tostão é ex-atleta e colunista da Folha de S.Paulo - Divulgação
Tostão encontra de forma rara no futebol brasileiro ideias que não são tão novas, mas que poderiam ser melhor praticadas, como jogo intenso e marcação por pressão. Do ponto de vista coletivo, o tricampeão do mundo enxerga um certo temor dos treinadores em deixar espaços na defesa.
Em coluna publicada na Folha de S.Paulo, o ex-atleta da seleção brasileira trata em resumo sobre a importância da compactação entre os setores e utiliza o Barcelona como exemplo positivo.
“No Brasil, os zagueiros continuam colados à grande área, longe do meio-campo, que está também sempre longe do ataque. Apesar dos riscos, é bonito e eficiente ver o Barcelona jogar, com os defensores na linha do meio-campo. A distância entre o zagueiro mais recuado e o atacante mais avançado é pequena”, escreve Tostão.
“O que é moderno hoje pode ter sido considerado ultrapassado. Os grandes times e craques do futebol e de todas as áreas não são antigos nem modernos. São definitivos”, reflete.
Tostão, Brasil e Holanda
No passado, Tostão recorda seleções históricas que já faziam uso da marcação pressão no campo adversário, forçando seu erro e perto do gol. De 70 para cá, isso foi se perdendo pela precariedade das condições físicas.
“Hoje, o preparo físico é muito melhor, porém muitos treinadores não gostam porque morrem de medo de avançar a marcação em bloco e deixar muitos espaços na defesa. O Brasil assistiu à Argentina trocar passes e ganhar com facilidade o jogo”, explica.
Elogiado por Tostão, Barcelona pressiona, mas não vence
Líder do Campeonato Espanhol, o Barcelona pressionou, mas não saiu com a vitória diante do Betis, neste sábado, no estádio Olímpico Lluís Companys. Gavi abriu o placar aos sete minutos de jogo. Aos 17, o zagueiro Natan, ex-Flamengo e RB Bragantino, empatou a partida de cabeça.
O Barça teve 74% da posse de bola, algumas boas oportunidades de vencer, mas parou na forte defesa adversária.