
Rogério Ceni, em entrevista coletiva (Letícia Martins/EC Bahia)
Rogério Ceni não considera que, de forma obrigatória, o esquema 3-5-2 seja defensivo. Trazendo o exemplo da Inter de Milão, o técnico vê margem para um equilíbrio atrelado à utilização de três zagueiros. Porém, no caso do Flamengo, repleto de jogadores talentosos, o ex-goleiro admite uma contraposição, tendo em vista a prioridade de escalar o maior número de atletas capazes de decidir os jogos.
“Com três zagueiros, dependendo de quem sejam os três zagueiros, você tem uma amplitude de situações. Pega a Inter de Milão, que joga com três zagueiros o tempo todo e ganha sempre na Itália.”, disse Rogério Ceni, em entrevista ao canal da Libertadores, no YouTube.
“Para o Flamengo não faz muito sentido mesmo. Para o São Paulo e alguns times faz mais sentido.”, acrescentou.
Durante o período à frente do Flamengo, Rogério Ceni, sem utilizar os três zagueiros, decidiu recuar Willian Arão para a zaga e, com Diego Ribas de primeiro volante, houve mais criatividade no meio-campo. Atualmente, no Bahia, o técnico costuma dar liberdade para os avanços de Luciano Juba e Arias, algo que ocorreu diante do Nacional, pela Libertadores.
Histórico do São Paulo
Em relação ao São Paulo, Rogério Ceni lembrou o passado atrelado ao esquema 3-5-2. Apesar da presença de três zagueiros nos títulos da Libertadores e do Mundial, o Tricolor teve capacidade de manter um estilo ofensivo nos dois títulos.
“Não tem nada a ver. O São Paulo ganhou uma Libertadores, em 2005, jogando com três zagueiros relativamente defensivos.”, afirmou.
Rogério Ceni avalia 4-4-2 e “obrigação” dos zagueiros
Opinando sobre o tradicional 4-4-2, Rogério Ceni não vê o esquema como ultrapassado. Além disso, o comandante do Bahia deixou claro que o pensamento de que os zagueiros não podem participar da construção de jogadas é totalmente arcaico.
“Não é ultrapassado. É um esquema mais padrão e básico. Dependendo de quem executa funciona muito bem.”
“Zagueiro tem que construir de trás. Tem que se manter firme e sério. Zagueiro bom não dá muita risada, mas constrói desde trás.”, opinou.