Casagrande, em entrevista à ESPN (Reprodução)
Casagrande vê uma “corrente” atrelada aos atuais torcedores do Corinthians. Diante do novo ciclo de alvinegros, algo visto de maneira normal, o ex-jogador avalia que existem alvos marcados no clube. Neste cenário, além de Ramón Díaz, Cacá e Félix Torres são apontados, de maneira recorrente, como os culpados por eventuais derrotas.
“As torcidas vão mudando de épocas em épocas. Vão surgindo os mais novos, vendo outras coisas e se comportando de forma diferente. Isso é o ciclo da vida normal. Essa nova torcida do Corinthians compra umas coisas que eu não consigo entender.”, disse Casão, no Fim de Papo, do UOL Esporte.
“Eles olham o Ramón. Se o time perde, o Ramón mexeu mal e escalou mal. O time toma gol, foi o Cacá, Félix Torres… para os olhos da torcida, tem algumas figuras marcadas que são responsáveis por todas as derrotas do Corinthians.”, acrescentou.
Proteção envolvendo dirigentes?
Fora dos gramados, Casagrande sinalizou uma “blindagem” com membros da política do Corinthians. Sem compreender o motivo de Augusto Melo ganhar um forte respaldo, o clima nas eleições também é visto de forma estranha pelo comentarista.
“O Corinthians deve mais de R$ 2 bilhões, é processado o tempo todo, mas carrega o Augusto Melo no colo. A torcida faz cerco no conselheiro que vai votar, é aquela coisa da pressão e do medo. É a mesma coisa no time de futebol.”, afirmou.
Casagrande não justifica derrota
Em clássico no Brasileirão, o Corinthians não repetiu o desempenho da final do Campeonato Paulista. Apesar dos desfalques de Hugo Souza e Garro, Casagrande não considera que o revés contra o Palmeiras ocorreu pelas ausências em campo.
“Não tem como discutir uma partida de futebol porque o time estava desfalcado. O ‘se’ não existe. O time que entrou foi aquele. Não vamos entrar na discussão de ‘se o Hugo tivesse, se o Garro tivesse…’. É uma viagem que não tem fim. Tem que analisar o concreto.”, opinou.
