Tostão em entrevista para a Folha de S. Paulo (Reprodução - YouTube)
Tostão se mostrou convicto ao elencar que Estêvão, do Palmeiras, e Lamine Yamal, do Barcelona, possuem um estilo que vai na ‘contramão’ dos ponteiros do futebol mundial na atualidade. Em texto publicado na Folha de S. Paulo neste sábado (01), ele exaltou o perfil das duas joias em driblarem para os dois lados.
Na avaliação do lendário ex-jogador da seleção brasileira, há uma problemática vista com frequência nos jogadores da posição, que só têm a facilidade de driblar e finalizar sempre do mesmo lado, diferentemente das duas promessas do Brasil e Espanha.
“Nos anos 60, quase todos os times jogavam com dois pontas abertos, rápidos e dribladores. O ponta-esquerda usava a perna canhota, e o destro atuava pela direita. Driblavam para a linha de fundo e cruzavam. Hoje é o contrário”, iniciou Tostão.
“O canhoto joga pela direita, e o destro, pela esquerda. Driblam para o centro para definir as jogadas. O ideal é o ponta driblar para os dois lados. Alguns já têm feito isso, como os jovens Estêvão, do Palmeiras, e Lamine Yamal, do Barcelona“, acrescentou o ex-jogador.
Exaltado, Estêvão brilha em avanço do Palmeiras
Horas depois de ser citado na coluna de Tostão, Estêvão novamente chamou a responsabilidade em confronto decisivo pelo Campeonato Paulista. Diante do São Bernardo, o atacante marcou dois belos tentos na vitória pelo placar de 3 a 0, que garantiu a classificação do time às semis.
Avassalador, o camisa 43 do Verdão acumula cinco gols em 11 jogos já disputados na atual temporada, sendo a principal esperança ofensiva no time de Abel Ferreira.
Tostão indica carências na seleção
Ainda no texto opinativo, Tostão voltou a destacar a falta de um camisa 10 ‘raiz’ para conduzir o escrete canarinho. Na avaliação dele, há uma tendência muito forte de colocar volantes com habilidade para atuar como meias ofensivos ou pontas, desde as categorias de base.
Outro ponto levantado pelo comentarista foi a falta de laterais marcadores e que costumam apoiar no ataque, marca registrada do futebol brasileiro por décadas.
