
Fábio Sormani é comentarista esportivo (Reprodução/YouTube)
Fábio Sormani é a favor de que clubes que passam por dificuldades financeiras no Brasil se tornem SAF. No entanto, ele crê que é preciso muito critério para definir o tipo de transformação que o clube vai fazer. O Coritiba é um exemplo negativo, segundo o jornalista.
Em participação no “Opinião Placar”, no YouTube, o comentarista esportivo destacou que o modelo de SAF do Coxa não consegue fazer o time deslanchar, mesmo tendo todas as características para que um clube seja bem sucedido.
“É engraçado porque o Coritiba tem uma estrutura muito legal, muito boa, centro de treinamento, o estádio é muito bom, gramado natural, uma torcida entusiasta, que lota sempre o Couto Pereira, mas o time não deslancha”, criticou Sormani.
“Por isso que a gente sempre fala, SAF é legal? É, claro que é. Mas há SAFs e SAFs… Qualquer coisa hoje é SAF. Precisa saber como fazer”, completou o comentarista.
Protesto na sede da Treecorp
Devido aos péssimos resultados conquistados desde que se tornou SAF, nesta semana, torcedores do time paranaense fizeram um protesto em São Paulo, em frente ao Edifício San Paolo, que abriga a Treecorp, empresa que é dona de 90% da SAF do Coxa.
O Coxa vai disputar em 2025 novamente a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2025, o time foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Paranaense, contra o Maringá, e na Copa do Brasil caiu já na primeira fase diante do Ceilândia-DF.
Sormani aponta Fortaleza como exemplo diferente de SAF
Apesar de não ter nenhum investidor colocando dinheiro no clube até o momento, o Fortaleza caminha muito bem com as próprias pernas e é um exemplo diferente de SAF.
Segundo Sormani, o time nordestino optou por esse modelo para receber alguns benefícios previstos em lei.
“(O Coritiba) precisa perguntar para o Marcelo Paz, que é o CEO do Fortaleza e que transformou o time em SAF. Não tem nenhum aporte financeiro no Fortaleza até o momento. A legislação de dá benefícios quando o clube se torna uma SAF em questão de impostos e essas coisas… Não é só permitir a entrada de dinheiro de fora”