Marcos sai em defesa de Gamarra após polêmica com Luighi, do Palmeiras: “Grande cara”
Ex-zagueiro da seleção paraguaia vem sendo criticado por manifestação sobre racismo e goleiro pentacampeão deu sua opinião

Marcos, ex-goleiro do Palmeiras (Reprodução)
Marcos procurou entender o lado de Gamarra, que deu uma declaração polêmica para a imprensa paraguaia sobre as injúrias raciais sofridas pelo atacante Luighi, do Palmeiras, em jogo contra o Cerro Porteño pela Libertadores Sub-20 na semana passada.
Na opinião do ex-zagueiro de Internacional, Corinthians, Flamengo e com passagem também pelo Verdão, a situação vivida pelo jovem jogador de 18 anos era normal nos tempos em que jogava.
Gamarra alertou revelação do Palmeiras: “Não pode chorar”
Para Gamarra, que entrou para a história ao não cometer nenhuma falta nos quatro jogos que disputou na Copa do Mundo de 1998. foi Luighi quem provocou os torcedores, sofrendo uma ‘reação lógica’. Na visão do ex-defensor da seleção paraguaia, o atleta palmeirense se vitimizou.
“Você não pode chorar porque eles fazem um gesto para você. É uma geração muito sensível. No Brasil, sempre tive companheiros negros, e eles nunca saíam de campo chorando porque eram gritados. Nós mesmos falávamos ‘negão’ e não acontecia nada, era normal”, disse o defensor, em entrevista para a Rádio Ñandutí.
O comentário de Gamarra teve repercussão negativa, entre elas a do jornalista Mauro Beting. “Era uma vez alguém que cometeu a maior falta de sua carreira em uma entrevista”, protestou no Instagram.
Marcos alertou para as mudanças no comportamento
Na postagem do comentarista de Jovem Pan e SBT na rede social, Marcos justificou que a opinião de Gamarra reflete as modificações da sociedade.
O ídolo do Palmeiras e pentacampeão mundial pela seleção brasileira em 2002 reforçou que as ofensas sofridas por Luighi eram normais na época em que ele e Gamarra jogavam.
Assim, o ex-arqueiro esclareceu que os países são rotulados de forma pejorativa para servir de provocação dos torcedores.
“Mudança de geração”, introduziu o ex-goleiro. “Muitos ainda veem como vitimismo, a gente comia o pão que o diabo amassou nessas competições sul-americanas. Paraguaios aqui também na época eram ironizados. Colombianos eram vinculados ao Pablo Escobar, ficavam p*** com razão, assim como a gente fica quando vamos pros lados de lá. A conscientização demora um pouco, Gamarra é um grande cara”, publicou São Marcos.