O técnico Vanderlei Luxemburgo participa de entrevista (Reprodução/YouTube)
Luxemburgo é contra a invasão de técnicos estrangeiros que tem acontecido no futebol brasileiro nos últimos anos. Para ele, os estrangeiros qualificados, como Abel Ferreira e Jorge Jesus, são muito bem-vindos, mas os demais, que não apresentam grande trabalho, não deveriam ser contratados.
“Não que eu seja contra estrangeiros, até porque eu também já fui estrangeiro (na Espanha, quando dirigiu o Real Madrid). Abertura de mercado é mundial. O técnico vai para onde tiver condições de ir”, iniciou o treinador, em entrevista ao “CNN Esportes S/A”.
Para Luxa, a chegada de vários técnicos com qualificação baixa ao Brasil apenas tiram as oportunidades de jovens e experientes treinadores brasileiros neste momento.
“Eu acho que tem treinadores que estão aqui, ocupando espaço de treinadores brasileiros jovens ou mais experientes que não são treinadores de ponta”, destacou.
Dois portugueses se salvam?
Segundo Luxemburgo, apenas dois dessa enxurrada de treinadores, principalmente portugueses e argentinos, são realmente bons: Abel Ferreira, atual comandante do Palmeiras, e Jorge Jesus, que fez muito sucesso no Flamengo em 2019 e que atualmente dirige o Al Hilal, da Arábia Saudita.
“O Abel tem qualidade. Jorge Jesus também é um profissional de qualidade. É diferente ter um profissional de qualidade trabalhando no seu país”, concluiu o treinador veterano.
Luxemburgo detona imprensa
Além de criticar a chegada de treinadores estrangeiros pouco qualificados, Luxemburgo também criticou uma parte da imprensa brasileira que, segundo ele, contribui para a sensação de que os técnicos brasileiros estão defasados em relação aos gringos.
“Parte da imprensa bate nisso de que os técnicos brasileiros estão ultrapassados. Isso me deixa muito revoltado”, disse Luxa.
Segundo o treinador, o melhor exemplo para mostrar que os treinadores brasileiros estão bem é que as mesmas novidades implantadas por Zagallo na seleção brasileira campeã do mundo em 1970 ainda são utilizadas atualmente.
“O maior exemplo de todos os tempos no futebol mundial é o Zagallo na Copa do Mundo de 1970. Como é que estamos ultrapassados se o Zagallo em 1970 jogava como se joga hoje”, afirmou Luxemburgo.
