
O técnico Vanderlei Luxemburgo participa de entrevista (Reprodução/YouTube)
É verdade que o Brasil ainda não garantiu sua vaga na Copa do Mundo de 2026 – enfrenta a Argentina nesta terça-feira (25) para tentar se aproximar da classificação -, mas, na visão, de Vanderlei Luxemburgo, um atleta será presença essencial na busca pelo hexa no ano que vem: Neymar.
“É difícil ganhar a Copa (sem o Neymar), porque é preciso ter um ‘carro-chefe'”, cravou o treinador, em entrevista ao “CNN Esportes S/A”.
“Nós temos uma baita seleção. Quem tem isso? Mas tem que ter um carro-chefe e o carro-chefe é o Neymar”, completou Luxa.
Para o treinador, que já comandou a seleção brasileira entre 1998 e 2000, o craque será uma espécie de “para-raio” dentro das partidas do Mundial, pois poderá chamar a atenção dos rivais, liberando outros grandes jogadores.
“O Neymar pode segurar a onda, porque os adversários vão se preocupar com ele. Tem o Vini e o Estêvão, o Rodrygo, que é talentoso demais, e o Raphinha. Será que não dá para fazer como o Zagallo fez em 1970? Imagina. O talento do Neymar, do Estêvão, do Vini e do Raphinha…”, disse Luxemburgo, imaginando que Neymar pode jogar de “falso 9”, como fez Tostão na conquista do Tri.
Conversa com Neymar?
“Eu, se fosse técnico da seleção brasileira, primeira coisa que faria era chamar o Neymar para conversar. Conversa de homem. ‘Você é o cara que pode ajudar o Brasil a ganhar a Copa. Você quer? Então para de se expor porque precisamos de você inteiro para ganhar a Copa do Mundo'”, avaliou Luxemburgo.
“Tem que falar: ‘É a tua última Copa do Mundo e você tem a obrigação e o direito de disputar para se tornar o melhor jogador do mundo, porque você tem futebol para isso. Você quer ou você não quer?’”, afirmou Vanderlei.
Luxemburgo explica por que defendeu Neymar
Recentemente, em vídeo publicado nas redes sociais, Luxa explicou por que decidiu defender Neymar quando o astro ficou de fora da semifinal do Campeonato Paulista desfalcando o Santos contra o Corinthians por uma lesão, sendo que dias antes participou das festas de Carnaval.
“Quando eu defendi ele, defendi porque estavam confundindo as coisas. Às vezes as pessoas começam a dar pancada porque não gostam da atitude dele fora do campo, e aí vamos para dentro do campo. O Neymar tinha uma lesão. Jogador de futebol gosta de jogar decisão, ele pode ser um malandro, um vagabundo, devagarinho, mas na hora da decisão ele quer jogar. O Neymar não queria ficar fora da decisão. Isso eu tenho certeza”, finalizou.