Flavio Prado, jornalista da Jovem Pan (Reprodução)
Flavio Prado não vê a seleção argentina ocupando o status de “bicho-papão”. Apesar do título na Copa do Mundo de 2022 e a liderança nas Eliminatórias da Albiceleste, o comunicador acredita que o Brasil é capaz de, fora de casa, alcançar um bom resultado. Isso porque, ao contrário da maior parte dos adversários, haverá grandes espaços para Vinícius Júnior, Raphinha, Rodrygo e companhia.
“No papel, é o jogo mais difícil da seleção, mas eu não descarto um bom resultado do Brasil. A Argentina vai dar espaço que os outros não dão. A Argentina não vai esperar o Brasil, vai sair para o jogo. Pode acontecer aquela coisa do Rodrygo, Vinícius Júnior e Raphinha inspirados.”, disse Flavio Prado, no Canelada, da Jovem Pan.
“O Brasil tem gente para fazer o contra-ataque e aproveitar essa situação. Acho que dá para o Brasil trazer um bom resultado da Argentina. O natural é perder, mas eu não descarto uma vitória do Brasil.”, acrescentou.
Status da Argentina
Na visão de Flavio Prado, a atual geração da Argentina não é extraordinária. Por conta disso, caso o Brasil tivesse encarado os “hermanos” na semifinal da última Copa do Mundo, uma vitória seria totalmente possível.
“A Argentina não terá o Lautaro e o Messi, que é um gênio. Mas eu não acho a seleção da Argentina tão espetacular, pelo contrário. Eu acho uma boa seleção. Ganhou a Copa como o Brasil poderia ter ganho. Não sei se a Argentina ganharia do Brasil nas semifinais. Não considero uma seleção sensacional.”, afirmou.
Flavio Prado deixa aviso sobre momento do Brasil
Sem enxergar indícios de um projeto esportivo, Flavio Prado acredita que o atual jejum de títulos da seleção não acontece por acaso. Para que a situação seja revertida, o profissional sugere um modelo semelhante ao que foi aplicado por Bélgica e Alemanha.
“O futebol é feito por conjunto. O Brasil não tem conjunto. O time brasileiro não consegue ter um sistema de jogo definido. Trocou duas vezes de técnicos com ideias antagônicas. Não há um projeto! O Brasil tem que fazer um projeto de seleção com captação de jogadores desde jovem, algo parecido com o que a Bélgica fez. A Alemanha faz isso há bastante tempo. O Brasil não tem nada, é muito varzeano.”, indicou.
De acordo com Flavio Prado, os estaduais de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e os demais torneios no início de temporada não ajudam o futebol brasileiro. Neste contexto, o fim das competições regionais é amplamente defendido.
