
Felipe Melo em participação de sorteio na Conmebol (Reprodução - CazéTV - YouTube)
Felipe Melo voltou a sair em defesa do técnico Fernando Diniz em entrevista à ESPN Argentina, nesta segunda-feira (17). Ao ser questionado sobre o atual momento oscilatório da seleção brasileira, o comentarista criticou a CBF por não ter dado uma continuidade para treinador no cargo.
Na avaliação do Pitbull, Diniz é um ‘fenômeno’, e teria total sucesso com seu estilo de jogo na seleção, mas demandaria tempo para encaixar a filosofia de trabalho. Na concepção do ex-defensor, a entidade erra em ficar trocando constantemente de treinador, não criando assim um grupo identificado.
“É um momento crítico para o Brasil, não está bem, mas está melhorando. O problema vem do presidente (Ednaldo), dos diretores. Não pode a seleção brasileira, com grandes jogadores que tem, não ter um treinador”, iniciou Felipe Melo.
“Tinha o Tite por duas Copas, e no meu ponto de vista, não foi bem, saiu para duas equipes pequenas. Depois trocou para Fernando Diniz, que para mim é um fenômeno, lhe deram três meses e depois tiraram”, detonou o ex-jogador.
Chegou um novo agora (Dorival), o jogador tem que entender o processo. Se troca de treinador a todo momento, como vamos querer um bom futebol?”, concluiu.
Curta passagem
Escolhido como técnico interino da seleção brasileira, enquanto a ‘novela’ Ancelotti se arrastava na CBF, Fernando Diniz comandou o escrete canarinho em apenas seis jogos, onde acumulou duas vitórias, um empate e três derrotas, com aproveitamento de 38,8%.
O treinador, que acumulava funções, se dividindo entre Fluminense e seleção brasileira foi desligado do cargo no escrete no início de janeiro de 2024, quando Ednaldo Rodrigues optou por oficializar Dorival Júnior como treinador efetivo para o ciclo de 2026.
Parceria de sucesso no Fluminense
Ao lado de Felipe Melo, Fernando Diniz teve uma passagem consistente pelo Fluminense entre 2022 e 2024, faturando três títulos. Na segunda trajetória pelo time das Laranjeiras, o treinador acumulou 145 jogos, com 73 vitórias, 30 empates e 42 derrotas, com aproveitamento de 57,2%.
Depois de um ano de 2023 mágico, onde faturou o Campeonato Carioca e a Copa Libertadores, Diniz amargou uma temporada de 2024 frustrante, registrando os piores números da carreira. Contabilizando os compromissos pela Série A, foram apenas três vitórias em 22 jogos entre jogos do Flu e Cruzeiro.