Home Futebol Ronaldo Nazário confessa risco de ‘desaparecimento’ do Cruzeiro: “Meu CPF em jogo”

Ronaldo Nazário confessa risco de ‘desaparecimento’ do Cruzeiro: “Meu CPF em jogo”

O eterno artilheiro foi o gestor da SAF do clube celeste por dois anos, tendo vendido a sua parte em abril de 2024

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e escreveu para o portal de automobilismo Nas Pistas em 2023 e 2024.
Ronaldo e o gestor da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Ronaldo e o gestor da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Ronaldo Fenômeno lembrou de sua gestão da SAF do Cruzeiro entre dezembro de 2021 e abril de 2024. Com o empresário, a Raposa conseguiu voltar para a elite do futebol brasileiro, sendo campeão da Série B em 2022.

Porém, admitiu que foi uma ‘experiência dura’ ao assumir o time mineiro, a quem vendeu a totalidade de suas ações para o empresário Pedro Lourenço no ano passado.

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“Apesar de ter sido uma experiência curta e de maior sucesso administrativo na minha vida, eu tive um desgaste muito grande e tô recuperando ainda meses que eu vendi”, relatou Ronaldo, em entrevista para a Romário TV.

Ronaldo também reconheceu que correu um grande risco, devido à grave situação financeira da Raposa.

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“Um clube do tamanho do Cruzeiro completamente falido na segunda divisão. Meu CPF em jogo cobrindo uma dívida de R$ 1,2 bilhão. Eu não tinha esse dinheiro”, admitiu, completando: “A gente salvou o clube, o Cruzeiro, de desaparecer”.

Ronaldo salientou ‘dívida moral’ com o Cruzeiro

Ao comparar o Cruzeiro com o espanhol Valladolid, que segue sendo de sua propriedade, acentuou as proporções diferentes das duas equipes.

“O Valladolid é um clube mais discreto, uma cidade de 400 mil habitantes, com uma capacidade de investimento menor. Um time que vai brigar pra não cair, talvez se for um ano muito bom, pegar uma Copa da UEFA ou alguma coisa assim. O Cruzeiro já é um clube grande. No Cruzeiro a pressão é maior, a massa de torcedor é maior”, declarou Ronaldo Nazário.

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O consagrado camisa 9 ressaltou uma ‘dívida moral’ que tinha com o Cruzeiro, por ser o clube onde começou profissionalmente no futebol em 1993. Porém, lamentou as gestões anteriores que tornaram o ambiente ‘caótico’, na sua visão.

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“Culturalmente, o Cruzeiro carregava historicamente um quadro associativo onde dominou o clube e tiveram sucesso esportivo, mas administrativamente sempre foi um caos. Mas foi muito bacana, foi muito legal ter feito o Cruzeiro, porque eu tinha uma dívida moral com o clube. Porque quando eu saí do Cruzeiro e fui pro PSV, eu achava que ainda tinha algo de dívida moral com o clube. Eu acho que eu quito essa dívida moral pelo que eu fiz com o Cruzeiro.

Os planos para assumir a CBF

Ao falar sobre o desafio de se candidatar à presidência da CBF, revelou a Romário alguns planos, além de opinar que os técnicos brasileiros ‘pararam no tempo’.

“O futebol brasileiro tem muita coisa a melhorar, tem muita coisa. A nossa indústria inteira tem que melhorar. Eu acho que a gente tá parado realmente há muitos anos. Muitos anos com pouco investimento ou quase nenhum. Acontece que o Brasil é uma fábrica de craques, de jogadores. Mas a gente tem que potencializar isso muito. Mas eu me sinto sim preparado e eu acho que tenho muitas ideias novas”, pontuou.

Ronaldo acredita que a CBF se sobrecarrega com a administração do Brasileirão Série A e dos árbitros. “A liga no Brasil tem que acontecer”, alertou.

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“A CBF não ser uma empresa querida no Brasil. Pra mim isso é um grande vergonha, um grande desperdício. A CBF tinha que ser a empresa mais querida do Brasil”, finalizou.

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