
Muhammed Ali já aposentado do boxe; ele faleceu em 2016 (Carlo Allegri/Getty Images)
Muhammed Ali é um dos grandes nomes da história do mundo das lutas, principalmente do boxe. Talvez, ele tenha sido um dos primeiros esportistas a ganhar uma projeção global em uma sociedade ainda sem internet. E tal projeção quase o fez lutar no Maracanã com ajuda do pianista e maestro João Carlos Martins.
“Era inicio dos anos anos 70 e eu não estava tocando. Aí, me entusiasmei pelo boxe e convenci o pessoal de um banco que iria trazer a luta do Muhammed Ali contra o Joe Frazier para o Maracanã”, relembra o maestro em entrevista ao canal do jornalista Cosme Rimoli no YouTube.
O que Martins não esperava para trazer Ali ao Brasil era a entrada do megaempresário Don King que, anos depois, teria seu nome ligado a carreira de Mike Tyson.
“Na hora de fechar o negócio quem estava competindo conosco, pela luta, era o Don King. E ele levou o combate para as Filipinas. Era coisa de milhões de dólares. O Maracanã ficaria lotado e teria transmissão mundial. Ia ser sucesso.”, finaliza João Carlos Martins, na entrevista.
Ali foi multicampeão e se recusou a lutar em guerra
O fato é que Muhammed Ali conquistou o título mundial dos pesos pesados em 1964 tendo que defendê-lo em 1967, sem sucesso. Antes do profissionalismo ainda levou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Roma em 1960. Fora dos ringues, ele se recusou a lutar no exército dos EUA na Guerra do Vietnã e foi banido do esporte.
Foi nessa época que ele deixou de se chamar Cassius Clay Jr (seu nome de batismo) para se converter ao Islã e passar a se chamar Muhammed Ali. O astro faleceu em 2016, aos 74 anos, por decorrência de complicações do Mal de Parkinson.
Quem é João Carlos Martins
João Carlos Martins é considerado um dos grandes nomes da música clássica mundial. No piano, ele é considerado um dos maiores interpretes de Bach. Por problemas neurológicos, o pianista passou a se dedicar a função de maestro, também.