
Djalminha, em programa da ESPN (Reprodução)
Djalminha vê Paulo Henrique Ganso entre os jogadores mais talentosos da história do futebol brasileiro. Surgindo ao lado de Neymar no Santos, o camisa 10 esteve cotado para assumir o posto de principal articulador da seleção, mas as lesões acabaram atrapalhando o futuro em questão. Apesar disso, levando em conta a capacidade de leitura de jogo, o meia do Fluminense foi colocado na primeira prateleira de craques.
“O Ganso, sem dúvidas alguma, é um jogador diferenciado. Antes da lesão, lá atrás, ele era um meia que tinha muita dinâmica. Ele não era esse meia de pouca mobilidade e que não se movimenta muito. Em termos de criação, inteligência e visão de jogo, ele é completo. Não deve nada aos grandes jogadores.”, disse Djalminha, em entrevista ao canal Boppismo, no YouTube.
“Em termos de inteligência de jogo, ele está entre os tops da história do futebol brasileiro. Em pensar o jogo e compreender o que é o jogo.”, acrescentou.
Impacto no desempenho de Ganso
Afetado por graves lesões no joelho, Ganso perdeu o dinamismo de um futebol brilhante. Antes das cirurgias, Djalminha trouxe uma lembrança de que o meia tinha um papel tático importante em auxiliar na marcação, algo que não é mais possível.
“O que falta um pouco é a dinâmica de jogo. Eu acredito que ele perdeu um pouco isso em função das lesões que ele teve. No início da carreira, ele não era esse tipo de jogador. Ele defendia, marcava e tinha mobilidade.”, afirmou.
Ganso injustiçado na seleção? Djalminha avalia ausência em Copas do Mundo
Assim como Djalminha, Ganso jamais disputou uma Copa do Mundo. Sem condenar a escolha de Dunga, em 2010, o comentarista considera que os talentos promissores do futebol brasileiro precisam ganhar uma chance na seleção, situação recorrente nos cinco títulos conquistados no passado.
“Seleção é sempre opção do treinador. Esse tipo de jogador passar a carreira inteira sem ter essa oportunidade… naquele início de carreira que estava Ganso e Neymar, eu sempre sou a favor de levar a juventude. Acaba que é uma coisa histórica no Brasil.”
“Levar um cara que ninguém conhece e que possa mudar o jogo. Mas não aconteceu na carreira dele, como aconteceu na carreira de muitos que ficaram sem Copa.”, opinou.