Yuri Alberto, jogador do Corinthians (Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Na última quarta-feira (26), o Corinthians carimbou sua vaga na 3ª fase da Libertadores ao vencer o Universidad Central da Venezuela pelo placar de 3 a 2, com dois gols de Yuri Alberto e um e Matheus Bidu.
O resultado não agradou a Fiel, uma vez que a expectativa era de que o Timão goleasse o rival, ainda mais depois do desempenho ruim no jogo de ida, que terminou empatado em 1 a 1. O placar mostra duas realidades distintas da equipe.
O ataque alvinegro segue correspondendo, balançando as redes pelo 24º jogo seguido, considerando duelos da Copa Sul-Americana, Brasileirão, Campeonato Paulista e Copa Libertadores da América.
Por outro lado, a defesa segue sendo um problema, com 16 gols sofridos em 14 partidas disputadas no ano, superior a um por jogo.
Críticas da Fiel ao Timão
Depois da classificação garantida, os jogadores do Corinthians foram em direção à torcida organizada no setor Norte, para o “poropopó” que virou tradição nas últimas partidas. Porém o que se viu foram cantos de protesto, por conta da insatisfação em relação ao futebol apresentado.
Treinador sai em defesa do time
Ramón Díaz se mostrou incomodado com as críticas ao sistema defensivo do Corinthians. Na coletiva de imprensa após o duelo da Libertadores, o treinador afirmou que arrumaria “os problemas” da defesa do clube em “20 segundos” se quisesse.
“Se a torcida e o jornalismo querem, eu soluciono os problemas de defensivos em 20 segundos. Me defendo. Mas estamos em um clube que da metade do campo para frente, temos que arriscar. Temos que jogar, temos que atacar. Temos características de jogadores como Carillo. O único jogador com características defensivas é o volante central. Depois Breno é de ataque, Yuri é de ataque, Memphis é de ataque, Garro… Para mim seria muito fácil tirá-los e armar o time defensivamente, com outras características, mas não é o que eu sinto. Não é o que necessita o Corinthians.
“Para crescer, é preciso arriscar e isso se pode corrigir muito facilmente. Mas as pessoas não vão gostar se ficamos na defensiva, se não atacamos, se não marcamos gols. Vamos encontrar um equilíbrio, quando temos que atacar, quando temos que defender, porque são pontos muito importantes para nós e o clube. Isso vamos tentar corrigir. Que não sejamos muito abertos, hoje o Bidu passou 30 vezes ao ataque, Matheuzinho passou 30 vezes ao ataque, jogam quase como pontas. Para mim seria fácil pedir que não fossem para o ataque, mas nós precisávamos ganhar, precisávamos arriscar”, completou.”, declarou o treinador do Timão.
Em seguida, o técnico desmentiu que tenha pedido reforços para o setor.
“Nunca falamos de contratar um zagueiro. Presidente falou? É? Em nenhum momento se falou… Temos cinco zagueiros. Cinco. Por que temos que gastar dinheiro em um zagueiro quando se tem cinco? Há que melhorar, há pressão, mas em momento nenhum você ouviu eu dizer que preciso de zagueiro”, afirmou Ramón Díaz.
