
Neymar em entrevista de apresentação- Divulgação/Santos
Walter Casagrande não descarta a demissão de Pedro Caixinha no Santos. Baseado nos últimos resultados e, sobretudo, a pressão externa, o ex-jogador, conhecendo a cultura do futebol brasileiro, acredita ser possível. Pior do que isso, Casão imagina que Neymar poderá ser consultado sobre o sucessor.
Durante a ‘Live de Quinta’, no Desimpedidos, o ex-jogador demonstrou plena convicção da possibilidade deste cenário se concretizar. Caso se confirme, considera um enorme absurdo por parte dos dirigentes.
“Agora, o Caixinha está pendurado. Vamos supor que o Santos decida demitir o Caixinha. É óbvio que irão perguntar ao Neymar quem ele quer de treinador. Isso eu não acho legal porque fica refém do jogador. O jogador pode ter todo privilégio, como Romário e Ronaldo tinham, mas na hora de escolher algumas coisas é o clube quem tem que escolher”, disse Casagrande.
De acordo com o colunista, Tite e Fernando Diniz seriam os preferidos do atual camisa 10 santista.
Em cinco partidas no comando do Santos, Caixinha soma três derrotas, um empate e uma vitória. Depois de estrear com o pé direito, o alvinegro acumula uma sequência negativa. Mais do que os resultados, o veto em relação a Gil e os inúmeros gols sofridos de bolas aéreas incomodam o torcedor.
Casagrande liga sinal de alerta ao Santos
Dono de uma dívida astronômica, o Santos possui muitas dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo que pode ver suas receitas alavancarem com Neymar, Casagrande lembra que o tombo pode ser na mesma proporção.
“O Neymar está indo para um time que não tem grana. Você acha que o Artur vem lá da Juventus só porque o Neymar chamou para ganhar R$ 400 mil? É isso que estou falando, inflacionar a folha, a coisa não dá certo e o Neymar sai depois. Quem fica com a bomba? O Santos tem que ir com muito cuidado”, afirmou Casagrande.
Santos vai virar SAF?
Casagrande acredita que o Santos caminha para se tornar uma Sociedade Anônimo do Futebol. Diferentemente dos rivais, o Alvinegro não possui recursos suficientes para montar uma equipe forte e em condições de brigar por títulos.
“SAF é o caminho, para alguns clubes é o caminho. Chega em um momento que precisa fazer isso. No caso do Santos, talvez seja”.