
Abel Braga, ex-técnico de futebol (Reprodução/YouTube)
Abel Braga recordou das preparações do Internacional para o Mundial de Clubes da Fifa em 2006, em que seria campeão após a histórica final contra o Barcelona.
O ex-técnico lembrou que o então presidente colorado Fernando Carvalho estava blindando o Alexandre Pato, que ainda não havia renovado o contrato e só estreou no time profissional depois que ocorreu o acerto.
O treinador consagrado no Beira-Rio recordou de um treino fechado em que se encantou com a jovem revelação de 17 anos na época.
“Deu pena do que ele fez com o Fabiano Eller e com o Índio”, divertiu-se Abel Braga, mencionando a dupla de zaga titular colorada em 2006. “Nós saímos dali falando exatamente isso: era um fenômeno”.
“Pato arrebentou com o jogo em sua estreia como profissional”
Abel Braga, que também falou sobre as chances dos brasileiros no Super Mundial no meio do ano, declarou ter dado sorte com os jogadores que lançou, sendo Alexandre Pato o mais especial.
“Muitos caras que tentei sempre mostrar o caminho, mostrar as condutas, aquela coisa toda. Mas nenhum deles tão fenomenal como o Pato. Surreal”, exaltou.
Abelão lembrou de ter colocado Alexandre Pato em campo assim que o jogador acertou sua renovação. Na estreia, o atacante foi o grande nome na goleada sobre o Palmeiras por 4 a 1 no antigo Parque Antártica, faltando menos de um mês para o Mundial de Clubes da Fifa 2006.
“Ele já foi lá e arrebentou com o jogo. Era surreal”, impressionou-se, ao destacar também a explosão, o timing e a facilidade em chutar com os dois pés. “Ambidestro, não tinha diferença nenhuma entre pé esquerdo e pé direito. Fora do comum”, definiu.
Para Abel Braga, Alexandre Pato era imprevisível
Por fim, listou algumas características do atleta de 35 anos que não joga desde quando deixou o São Paulo no fim de 2023 e vem atuando como comentarista no SBT.
“Ele conseguia driblar os caras de costas, de velocidade, raciocínio rápido. Era difícil o zagueiro saber o que ele ia fazer. Mas ele sabia exatamente aquilo, da maneira que o defensor ia se posicionar. Ele saía sempre do lado oposto. Era um negócio incrível”, avaliou.