Romário elege líder incomparável no futebol brasileiro: “Sofreu muito”

Entrevistado pelo “Charla Podcast” nesta terça-feira (14), Romário se mostrou convicto ao enaltecer o potencial e o legado construído por Dunga na seleção brasileira. Companheiro de tetra do ex-volante, o Baixinho chamou atenção para o espírito de liderança e a importância do capitão no grupo.

Bastante ‘crucificado’ por conta da derrocada do Brasil na Copa do Mundo de 1990, Dunga obteve a volta por cima na edição seguinte do Mundial, sendo uma das referências nos bastidores e dentro das quatro linhas.

“O Dunga era foda. Ele era um líder nato que nós tínhamos no grupo, pelo seu caráter dentro e fora de campo. Um cara muito determinado, sofreu muito em 1990, ficou marcado pela ‘era Dunga’, de forma negativa. Esse respeito era muito grande, jogamos juntos no Vasco antes (da seleção)”, disse Romário.

Romário vê ‘perseguição’ da imprensa

Ainda na entrevista, Romário classificou que a conquista da Copa de 1994 serviu para dar uma resposta aos críticos e os desacreditados de que aquele grupo poderia fazer marca época com a camisa amarelinha.

“Eu concordo, a seleção de 94 era uma equipe com grandes nomes e jogadores que fizeram história não só no escrete, mas nos clubes que passaram. Na minha opinião, existia um recalque da galera, falando sobre as outras seleções. A gente já sabia o que era perder. Era ganhar ou ganhar”, avaliou o Baixinho.

“Aquela geração é uma geração que marcou história para muitos brasileiros. Eu estava muito preparado. E eu sentia que aquele grupo tinha condições. Sabia que a gente sairia do Brasil para ganhar. E o objetivo foi conquistado porque aquela seleção mereceu”, o ex-jogador.

Dependência de Neymar

Ao comentar sobre o cenário atual da seleção brasileira, Romário disse que o nível atual do escrete canarinho deixa a desejar, e a situação preocupa visando a próxima Copa. A exemplo do que já afirmou anteriormente, o ex-jogador chamou atenção para a necessidade de jogar em torno de Neymar.

Na visão do Baixinho, o Brasil precisa replicar uma postura que deu certo em edições anteriores dos mundiais, onde o time jogou em prol de um jogador para alcançar o título. Ele, no entanto, foi enfático ao destacar a necessidade do camisa 10 se condicionar de forma adequada, após grave lesão.