Romário e Craque Neto elegem jogador histórico do Brasil que merece valorização: “Massacrado”

Romário e o Craque Neto avaliam que Dunga merece uma grande valorização no futebol brasileiro. Veiculando opiniões fortes, o apresentador da Band admite um exagero nas críticas envolvendo o capitão do tetra. Diante da carreira vitoriosa em campo, houve uma retratação pessoal durante o Troféu Mesa Redonda.

“Deixar bem claro a importância do Dunga em relação a tudo que ele conquistou nesse país. O tanto que o Dunga foi massacrado por muita gente, inclusive por mim. Tanto é que eu pedi desculpas a ele aqui.”, disse o Craque Neto.

“Eu não tenho medo de falar das coisas erradas que fiz na vida. Eu tenho humildade suficiente para saber do reconhecimento de uma pessoa como o Dunga.”, acrescentou.

Romário exalta status de Dunga no tetra

Além da segurança no meio-campo, Dunga trouxe confiança aos companheiros durante a Copa de 1994. Neste cenário, Romário destacou o espírito nato de liderança do eterno camisa 8 da seleção, visto como injustiçado pela eliminação do Brasil no Mundial de 1990.

Antes da conquista nos Estados Unidos, houve uma denominação pejorativa sobre o estilo do Brasil em 1990. Como a postura defensiva não agradava parte da imprensa, o período em questão ganhou a nomenclatura de “Era Dunga”.

“O Dunga era f…! Ele era um líder nato que nós tínhamos no grupo, pelo seu caráter dentro e fora de campo. Um cara muito determinado, sofreu muito em 1990, ficou marcado pela ‘era Dunga’, de forma negativa. Esse respeito era muito grande, jogamos juntos no Vasco antes (da seleção).”, contou Romário, em entrevista ao Charla Podcast.

Grupo que encarou grande pressão

Após o fracasso em 1990, o Brasil entrou pressionado na Copa do Mundo seguinte. Embora tenha sido fortemente criticado, Dunga assumiu um posto importante ao longo da campanha e, ao lado de Romário, Bebeto e companhia, levantou o troféu que encerrou um longo jejum de títulos da seleção.

“Aquela geração é uma geração que marcou história para muitos brasileiros. Eu estava muito preparado. E eu sentia que aquele grupo tinha condições. Sabia que a gente sairia do Brasil para ganhar. E o objetivo foi conquistado porque aquela seleção mereceu.”, relatou Romário.