Vaiado por torcedores do Cruzeiro na derrota do clube contra o Athletic, na última quarta-feira (22), pelo Campeonato Mineiro, o técnico Fernando Diniz reagiu de forma ríspida a uma pergunta na entrevista coletiva e foi bastante criticado por Walter Casagrande.
Em participação no “UOL News Esporte”, o comentarista relembrou de uma outra entrevista no fim do Brasileirão do ano passado, quando o técnico cruzeirense já havia ficado alterado.
“A batata dele terminou 2024 assando. Ele foi demitido, deu um chilique na entrevista quando um repórter falou para ele sobre a demissão. Ele fez aquele escândalo e o Cruzeiro voltou atrás e continuou com ele”, lembrou Casagrande.
“Ele virou a temporada 2024 com a torcida já saturada desse tipo de comportamento, desse tipo de resposta, dessa postura, do olhar arrogante, resposta prepotente. Esse tipo de entrevista do Diniz é o mesmo da época do São Paulo, do Fluminense, quando o time começou a ir mal depois de ter sido campeão da Libertadores“, criticou Casão.
Diniz inventou o futebol moderno?
O ex-jogador ainda destacou que o aclamado futebol apresentado pelas equipes de Fernando Diniz fracassa na maioria dos clubes pelos quais o treinador passa e, por isso, os torcedores não costumam ter paciência com o treinador.
“O estilo Diniz, quando funciona, todo mundo diz que é uma maravilha, mas quando não funciona, que é a maior parte das vezes, é escandaloso. O torcedor do Cruzeiro não é fã do Diniz, como a maioria dos torcedores dos outros clubes, porque querem um time com postura para vencer, mas sem invenções”, criticou Casagrande.
“O Diniz é um inventor. Ele acha que inventou o futebol moderno. Isso é um problema para ele”, finalizou o comentarista.
Casagrande elogia Abel Ferreira, Jorge Jesus e Artur Jorge
Diniz não entra na lista de grandes treinadores do futebol brasileiro nos últimos anos de Casão. Para o comentarista, três portugueses dominaram o Brasil recentemente.
“O que o Artur Jorge ofereceu para o Botafogo e para o futebol brasileiro foi muito acima da média do que estamos acostumados (…). Esse ano, o Artur Jorge foi nível Abel Ferreira de dois anos atrás e Jorge Jesus de 2019: aquele cara que ofereceu uma coisa diferente para o futebol brasileiro”, avaliou Casagrande.