Ao comentar a situação envolvendo a decisão do meia Claudinho de acertar com o Al Sadd, do Catar, mesmo depois de dar a palavra ao Palmeiras de que assinaria com o clube, o ex-jogador Walter Casagrande lembrou da “traição” que o Verdão sofreu recentemente com o atacante Dudu.
Em participação no “UOL News Esporte”, o comentarista esportivo criticou a falta de ética dos jogadores de futebol brasileiros e deu destaque para a situação de Dudu no ano passado.
“A ética hoje em dia no futebol é mínima, está desqualificada. O Dudu, no meio ano passado, ligou para o Cruzeiro para ir embora. Isso aí não existe. Foi uma falta de ética e uma traição enorme”, detonou Casagrande.
“Já o Claudinho escolheu o dinheiro. Está certo ou está errado? É a escolha dele”, completou Casão.
O que houve com Dudu no Palmeiras?
Em junho do ano passado, Dudu, que havia passado praticamente um ano fora dos gramados em recuperação de uma grave lesão no joelho, pediu ao Palmeiras para sair e apresentou uma proposta do Cruzeiro.
A diretoria alviverde foi pega de surpresa, mas com a confirmação vinda do atleta de que gostaria de sair, aceitou a oferta cruzeirense. No entanto, após forte pressão nas redes sociais e de membros de uma torcida organizada alviverde, Dudu mudou de ideia, não assinou o contrato com o Cruzeiro, e permaneceu em São Paulo.
No entanto, a situação do camisa 7 no time palmeirense nunca mais foi a mesma e, ao final do Brasileirão, chegou a um acordo para rescisão de seu contrato e logo em seguida assinou com o Cruzeiro de graça, até o fim de 2027.
Casagrande critica Claudinho
A falta de palavra e a opção de carreira orientada pelo dinheiro de Claudinho também foram alvos das críticas de Casão.
O meia optou por descartar uma volta ao Brasil para defender o Palmeiras, com um acordo já quase concretizado, para optar por atuar no Catar, pelo Al Sadd.
“O Claudinho acertou e deu a palavra ao Palmeiras. Mas na hora ‘H’ ele mudou de ideia para ir para outro time, para ganhar mais, para um lugar que não tem visibilidade, que o campeonato não tem competitividade. Foi uma escolha exclusivamente para a conta bancária. Foi isso que irritou o Palmeiras, a Leila e o Abel. E eles têm razão”, destacou Casagrande.