O São Paulo anunciou nos últimos dias a chegada do meia Oscar, de 33 anos, que passou por Chelsea e seleção brasileira, onde disputou a Copa do Mundo de 2014.
Oscar, então, chega para ser camisa 8 no Tricolor, já que a 10 pertence ao atacante Luciano. Mas, para o comentarista Walter Casagrande, esse é um erro do clube e do seu departamento de marketing.
Ao “Uol News Esporte”, Casão entende que o São Paulo perdeu uma ótima oportunidade de promover a camisa 10 com uma estrela mundial, entregando a numeração para ele e fazendo uma grande publicidade em cima disso.
“Eu queria falar sobre a camisa 10, os clubes brasileiros têm que aprender muito ainda com marketing no futebol, mas muito. Estão muito distante dos grandes clubes europeus. O Oscar foi camisa 10 em todos os clubes que ele jogou. Então, é o momento do marketing do São Paulo entrar em ação, dar a 10 para o Oscar e fazer uma promoção, um espetáculo em cima dessa camisa 10”, iniciou.
Luciano não tem características de 10
Na sequência, Casagrande entende que Luciano não combina com a camisa 10 por não ter características que historicamente os jogadores com essa numeração tem.
“O Luciano recebeu a camisa 10 do Rogério, mas ele nunca foi um camisa 10. Falando de posição, aquele cara clássico, que pensa o jogo, que enfia uma bola, bate de longa distância, bate falta… e o Oscar é esse cara”, opinou Casagrande.
Por fim, o comentarista volta a criticar o marketing do Tricolor paulista em relação a chegada de Oscar, entendendo que o clube explorou pouco a imagem dele.
“O marketing do São Paulo tinha que fazer um trabalho em cima disso. Às vezes os clubes perdem essa coisa de você contratar um cara e você poder usar aquele cara como um marketing em cima de um número de uma camisa. Os caras deixam passar batido. Eu não teria dúvida dúvida nenhuma. O Oscar é um 10 e eu trabalharia em cima desse marketing da 10 do São Paulo”, finalizou.
Oscar no São Paulo
O meia Oscar foi revelado pelo próprio Tricolor, em 2008. Porém, teve uma saída conturbada em 2010, conseguindo uma rescisão na justiça. Então, acabou indo para o Internacional, onde se destacou e foi vendido ao poderoso Chelsea, além de chegar à seleção brasileira.
No clube inglês, jogou entre 2012 e 2016, realizando mais de 200 jogos. Desde 2017 atuava no Shanghai Port, da China, onde era um dos jogadores mais bem pagos do mundo.
No fim de 2024, encerrou o seu vínculo com o clube chinês e acertou um contrato com o São Paulo até 31 de dezembro de 2027.