Durante o programa “UOL News Esporte”, no YouTube, a negativa de Claudinho à oferta de compra feita pelo Palmeiras foi comparada com a quase saída de Abel Ferreira para o Al Sadd, do Catar, no fim de 2023. Na visão de Casagrande, são duas situações bem distintas.
“Tem algumas diferenças nessa história. O Abel estava no Palmeiras, recebeu uma proposta financeira maior do Catar. Num primeiro momento, ele aceitou porque o time estava mal, foi antes de acabar o ano. Aí teve aquela reviravolta e o time acabou sendo campeão brasileiro, com aquela virada no Botafogo. Ele desistiu de ir, ficou no mesmo lugar, ganhando menos do que ia ganhar lá”, disse o comentarista.
Para Casão, Claudinho foi mercenário ao descartar a volta ao Brasil para atuar pelo forte Palmeiras no Brasileirão e aceitar disputar a liga do Catar, pelo Al Sadd.
“O Claudinho acertou e deu a palavra ao Palmeiras. Mas na hora ‘H’ ele mudou de ideia para ir para outro time, para ganhar mais, para um lugar que não tem visibilidade, que o campeonato não tem competitividade. Foi uma escolha exclusivamente para a conta bancária. Foi isso que irritou o Palmeiras, a Leila e o Abel. E eles têm razão”, destacou Casagrande.
Fim de chance na seleção brasileira?
A opção de Claudinho de jogar no futebol do Catar foi também um fim na possibilidade do jogador voltar ao radar da seleção brasileira.
“Pô, o Claudinho escolhe o Catar ao invés do Palmeiras? É assim, ele está falando que não quer ir para a seleção brasileira, não quer jogar em um campeonato competitivo… porque financeiramente ok, vai ganhar provavelmente o dobro no Catar do que ganharia aqui, mas ia ganhar um montão no Palmeiras também”, opinou Casagrande.
Casagrande vê dedo do empresários
A opção de Claudinho para jogar no Catar ao invés de retornar o Brasil tem muito da vontade dos empresários do atleta, na visão de Casão.
Segundo ele, nesses casos, os agentes dos atletas têm 80% de ‘culpa’ na decisão.
“Chega um momento na carreira do jogador de futebol que ganhar 2 milhões por mês, 3 milhões por mês ou 5 milhões por mês, só aumenta a sobra que vai para o banco, porque na vida do cara não modifica nada, ele já está em uma situação confortável para poder fazer escolhas diferentes. E acho que isso ai tem 20% do jogador e 80% do empresário, na minha opinião”, finalizou Casão.