A dívida que o Atlético-MG tem com os credores da Arena MRV teve um caminho para resolução nesta semana, Segundo informações do GE, o clube entrou em um acordo para remodelar o pagamento dos R$ 440 milhões da construção do estádio, depois de meses de negociação.
O novo modelo de pagamento dos débitos da arena atleticana envolverá uma série de mudanças em relação ao uso das CRIs (certificados de recebíveis imobiliários), títulos que foram adquiridos pelos credores no processo de construção do estádio. Algumas regras no funcionamento destes procedimentos foram pedidas pelo Galo e aprovadas pelos investidores de tais certificados.
Uma das mudanças envolve que a criação de uma conta em separado de valores vindos de bilheteria, direitos de TV e programa de sócio-torcedor para serem usados no pagamento do débito, além de criação de restrições para que o clube não tenha que tomar um aumento de dívida no período de quitação do débito,
Prazo de carência é recusado
No entanto, o principal desejo do Atlético-MG quanto ao assunto, que era a extensão da carência para os próximos dois anos para que a dívida fosse paga, não foi aceito. Nas conversas, o Galo queria que R$ 63 milhões do valor total fossem ‘perdoados’ nos próximos dois anos, com estes repassados para os valores acertados a partir de 2027, com os devidos juros.
Com isto, para ter que pagar o valor da dívida entre 2025 e 2026 buscando empréstimos para resolver a situação financeira do clube. Algo ao qual os acionistas da SAF não veem como algo que poderia ajudar totalmente nesta situação, apesar de juros consideravelmente mais baixos do que os certificados imobiliários.
Ainda convivendo com problemas financeiros e uma dívida próxima do R$ 1 bilhão ligada à SAF (hoje de R$ 917 milhões, segundo dados mostrados pelo CEO Bruno Muzzi), o Galo terá que, nos próximos anos, resolver situações como as da Arena MRV para ganhar fôlego em seu caixa diante de tal situação.