Tostão atualizou a sua coluna na Folha de São Paulo neste sábado (14) ao realizar um balanço dos principais acontecimentos da última semana no futebol.
Entre os assuntos, está a vitória do Real Madrid fora de casa sobre a Atalanta por 3 a 2 pela Uefa Champions League na última terça-feira (10).
Mbappé marcou o primeiro gol do time espanhol, mas saiu machucado ainda no primeiro tempo. Na sequência, Vinícius Júnior anotaria o segundo dos merengues na etapa final.
Tostão não vê sintonia em Vinícius Júnior e Mbappé
Mesmo com a dupla galáctica de atacantes, Tostão avaliou que ambos ainda não deram liga no setor ofensivo do Real Madrid.
O tricampeão mundial pela seleção brasileira em 1970 comentou sobre Mbappé ainda estar procurando se adaptar no Santiago Bernabéu. “Ele e Vini ainda não se entenderam bem”, observou.
O comentarista apontou como principal problema os estilos semelhantes de ambos, que consistem na bola na frente para que a velocidade e o talento definam a conclusão da jogada.
“Em uma dupla de ataque, o ideal é unir características diferentes, a pausa e a aceleração, o pensamento e a ação”, analisou.
Dilema de Dorival
Tostão não escondeu sua preocupação com os rumos da seleção brasileira. O colunista diagnosticou a maior dificuldade enfrentada pelo escrete canarinho comandado por Dorival Júnior.
Para o ex-atacante, o Brasil carece de referências no meio-campo, que o futebol espanhol tem de sobra na visão do craque.
Assim, definiu como excepcional os meias do Barcelona que também jogam na seleção campeã europeia, como Marc Casadó, Pedri e Dani Olmo.
O trio abastece os atacantes Lamine Yamal, Lewandowski e Raphinha. “Essa é a diferença técnica entre a seleção brasileira e a da Espanha”, frisou, complementando que Dorival não possui atletas com estas características na meia-cancha.
Por fim, Tostão enxerga utilizações diferentes de Raphinha no Barça e na seleção, vendo o atacante atuando pela esquerda e caindo pelo meio no time espanhol, enquanto joga mais centralizado como meia-atacante vestindo a amarelinha.