Veja quais times brasileiros que não trocaram de técnico em 2024
Sobreviver uma temporada inteira no futebol nacional é uma das maiores dificuldades enfrentadas nos últimos anos.
A maioria dos torcedores dos times brasileiros já se acostumou a ver suas equipes trocarem de técnico quando os resultados nos campeonatos ficam abaixo do esperado.
De acordo com um estudo de 2022 do Observatório de Futebol do Centro Internacional de Estudos de Esporte (CIES), o Brasil é o antepenúltimo país em termos de permanência de técnicos pelo mundo com uma média de 163 dias.
E isso se reflete no número de treinadores que terminaram o ano nos 20 times que disputaram o Brasileirão Betano Série A. Apenas Bahia, Fortaleza e Palmeiras mantiveram seus profissionais para a temporada de 2025. O Criciúma quase se juntou à lista dos times brasileiros, mas anunciou nesta quarta-feira (18) a troca de Cláudio Tencati por Zé Ricardo.
Palmeiras
O Palmeiras é o segundo time brasileiro que menos trocou de técnicos desde 2003, início da era de pontos corridos no Brasileirão: apenas 21. O Verdão mantém a média de um treinador por ano, o que significa poucas mudanças no meio da temporada.
O clube paulista é o primeiro da lista quando o assunto é longevidade de comando e manutenção de um projeto. O português Abel Ferreira chegou em 4 de novembro de 2020 para substituir o velho conhecido Vanderlei Luxemburgo.
Abel não era a primeira opção da presidência e chegou sob muita desconfiança, pois nada se sabia do ex-treinador do grego PAOK e que só tinha como título a Taça de Honra da AF Lisboa, em 2013 pelo Sporting B.
A aposta do diretoria se mostrou um dos melhores investimentos já feitos pelo Alviverde. Em quatro anos, o gajo levantou duas Libertadores (2020 e 2021), dois Brasileirões (2022 e 2023), três Paulistas (2022, 2023 e 2024), uma Copa do Brasil (2020), uma Recopa Sul-Americana (2022) e uma Supercopa do Brasil (2023).
Fortaleza
Outro clube que ostenta a boa marca de manutenção do treinador nas temporadas é o Fortaleza, que mantém o argentino Juan Pablo Vojvoda à frente do time desde maio de 2021, o segundo estrangeiro a comandar o clube.
Com 43 substituições de treinadores desde 2003, o Leão do Pici segue um pouco acima do Bahia na lista, mas não figurava como um dos lugares mais estáveis para treinadores.
A permanência longeva de Vojvoda coincide com a transformação do clube em SAF em 2023 sob o comando de Marcelo Paz. Com uma visão mais empresarial, o clube entende que manter o técnico é parte fundamental do projeto de alçar o time à prateleira dos mais importantes do futebol nacional.
A iniciativa tem dado resultados, pois a equipe ficou com o vice da Copa Sul-Americana de 2023, terminou na quarta colocação no Brasileirão de 2024 e hoje é a equipe mais forte do Nordeste.
Bahia
Rogério Ceni segue no Tricolor de Aço desde setembro de 2023, quando chegou para substituir o português Renato Paiva.
O time baiano está longe de ser um espaço de tranquilidade quando o assunto é moer treinadores. Com 46 trocas desde 2023, só perde para Athletico-PR, Paraná Clube e Vitória.
Apesar de uma campanha mediana e grandes sequências de resultados ruins, o Grupo City, holding dona da SAF, bancou a permanência de Rogério Ceni no clube ao alegar que seu desempenho ficou dentro do planejado para 2024.