Roberto Baggio está gravado para sempre na memória de quem tem mais de 35 anos. Ao isolar a sua cobrança de pênalti na decisão da Copa do Mundo de 1994, o grito de alegria que estava entalado na garganta dos torcedores brasileiros ecoou por todo o país.
Na oportunidade, Baggio e Romário travaram uma disputa individual pelo título de melhor jogador do Mundial dos Estados Unidos.
Com o tetracampeonato mundial, o Baixinho não apenas faturou a premiação da Copa como também foi consagrado como o melhor do mundo pela Fifa há exatamente 30 anos.
Roberto Baggio: “Era difícil roubar a bola do Dunga”
Contudo, o camisa 10 da seleção italiana confessou sua admiração por outro atleta importante da seleção brasileira de 1994, além de Romário.
Roberto Baggio jogou ao lado de Dunga na Fiorentina entre 1988 e 1990. O meio-campista se tornou um grande amigo do futuro Capitão do Tetra.
“O Dunga era um ídolo em Florença, ele era muito querido na cidade. O Dunga praticamente nunca perdia a bola. Era difícil roubar a bola dele. Para um jogador de futebol, isso é incrível. E ele também tinha tempo de bola, uma coisa que nem todo mundo tem”, declarou Baggio, no documentário Brasil vs Dunga – Futebol em Pé de Guerra, veiculado pelo SporTV.
Dunga e Baggio expulsos do treino
Ambos formaram uma grande amizade, com a dupla trabalhando além do tempo dos treinos na Fiorentina.
“A gente ficava depois do treinamento com o treinador de goleiros. Ele ficava cruzando as bolas pra gente bater”, recordou Dunga.
Roberto Baggio acrescentou que sempre era expulso do campo junto com o camisa 8 da seleção brasileira.
“Com isso, no final, eles vinham e diziam: ‘Ei, basta! Acabou!’. Mas a gente se divertia tanto que não via a hora passar”, lembrou o craque italiano.
Celeste Pin, ex-zagueiro da Fiorentina na época de Dunga e Roberto Baggio, complementou. “Essas situações aconteciam de forma natural e espontânea. Lembro que eles apostavam quem acertava a trave e o Baggio sempre ganhava”, divertiu-se.
“A gente se provocava também. Se ele errasse, eu zombava dele. Eu dizia: ‘Deixa pra lá’. Quando isso acontecia comigo, ele me massacrava”, falou Baggio, às gargalhadas.