O Brasileirão Betano 2024 terminou no última fim de semana e, ao todo, nada menos do que 23 treinadores trocaram de clube durante a competição. O campeão Botafogo foi um dos poucos times que manteve seu técnico, o português Arthur Jorge, mas a mudança poderá ocorrer em breve e deixa o ex-jogador Roberto Rivellino perplexo.
Durante o “Cartão Verde”, na TV Cultura, o comentarista do programa destacou como “absurda” a possibilidade de saída do treinador que é o atual campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores.
“Estão falando esse absurdo que é capaz que o Arthur Jorge não fique no Botafogo”, criticou Rivellino.
Na verdade, o próprio técnico botafoguense deixou no ar a possibilidade de não seguir no comando do clube em entrevista logo após a eliminação do clube na Copa Intercontinental, ontem (11), derrotado pelo Pachuca-MEX, por 3 a 0.
Questionado se continuaria no Fogão em 2025, o português não confirmou a permanência.
“Vamos, primeiro, tentar digerir tudo isso. Volto a dizer, tivemos uma temporada extraordinária, de grande sucesso. Nessa altura é importante discernirmos as emoções, para depois, racionalmente, tomar as decisões”, disse Arthur Jorge.
Citado por Rivellino, Arthur tem ofertas e saudade da família
Apesar do espanto relatado por Rivellino sobre a chance de Arthur Jorge não seguir no comando do Botafogo, algumas situações explicam a possibilidade de saída, apesar de ter contrato até dezembro de 2025.
O treinador tem recebido sondagens de clubes tanto do exterior quanto do Brasil (o Atlético-MG seria um deles), dispostos a pagar a multa rescisória, que é de 2 milhões de euros (R$ 12,5 milhões na cotação atual).
Outro fator que se destaca é a saudade da família. Há oito meses no Brasil, Arthur não trouxe sua família inicialmente para o Brasil.
O treinador tem três filhos: Artur Jorge – jogador de futebol do Farense, em Portugal, que tem o mesmo nome do pai -, Bárbara e Maria. Todos eles seguem vivendo em Portugal.
Confira todas as trocas de técnicos no Brasileirão 2024
O Campeonato Brasileiro se encerrou com uma marca de 23 treinadores demitidos ou que pediram demissão desde que a competição se iniciou.
Atlético-GO
- Jair Ventura, Vagner Mancini e Umberto Louzer
Atlético-MG
- Gabriel Milito
Athletico-PR
- Cuca, Martín Varini e Lucho González
Corinthians
- António Oliveira
Criciúma
- Cláudio Tencati
Cruzeiro
- Fernando Seabra
Cuiabá
- Petit
Flamengo
- Tite
Fluminense
- Fernando Diniz
Grêmio
- Renato Gaúcho
Juventude
- Roger Machado e Jair Ventura
Internacional
- Eduardo Coudet
Red Bull Bragantino
- Pedro Caixinha
São Paulo
- Thiago Carpini
Vasco
- Ramón Díaz, Álvaro Pacheco e Rafael Paiva
Vitória
- Léo Condé