Muller aponta técnico que revolucionou time do futebol brasileiro
Ex-jogador relembrou a importância do treinador nos bastidores e o foco na formação de jovens das categorias de base
Convidado para participar do documentário “Cotia é Minha Vida”, Muller trouxe alguns detalhes do início de carreira no São Paulo, e revelou o papel diferenciado executado por Cilinho, técnico lendário que passou pelo clube no passado.
Responsável por alçar Muller, Silas e outros nomes que viriam a se consolidar no futebol brasileiro e internacional, Cilinho fez um movimento diferente da tradição que o time era habituado de buscar apenas reforços pesados no mercado. Com ele, a base recebeu destaque e oportunidade.
“O São Paulo tinha uma mania de contratar medalhões já consagrados. Quando nós subimos, o Cilinho fez uma revolução. O clube não tinha essa característica de promover muitos jogadores da base. E ele que implantou essa novidade dos anos 1980 para cá”, iniciou Muller.
“Ele foi pioneiro em subir muitos jogadores. Não era um ou dois. Na minha época, em 1985, subiram dez. Isso é praticamente impossível de acontecer. Quando teve a mescla dos experientes com os jovens, o SPFC ficou ainda mais forte, e deu certo”, completou o ex-jogador.
Cilinho e o legado no Tricolor
Quinto técnico mais longevo em termos de partidas computadas pelo São Paulo, Cilinho acumulou 249 partidas, com 111 vitórias, 87 empates e 51 derrotas. Apesar de ter conquistado apenas dois títulos ao longo de duas passagens pelo clube, Cilinho se destacou por promover uma geração vitoriosa.
Sempre ligado nos talentos das categorias de base do Tricolor, ele foi responsável por comandar o intitulado “Menudos do Morumbi”, que fazia alusão ao grupo musical que fazia sucesso na década de 1980.
Muller e a trajetória de sucesso no SPFC
Ao longo de sua trajetória no SPFC, que contou com três passagens, Muller computou 387 jogos, tendo anotado 160 gols, sendo o sétimo maior artilheiro na história do clube do Morumbi.
O atacante ficou marcado por ter anotado o tento na vitória do SPFC sobre o Milan na final da Copa Intercontinental em 1993. Ele também estava no time do ano anterior que já havia sido campeão do mundo sobre o Liverpool, e ainda faturou uma edição de Libertadores.