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Milton Leite, narrador esportivo (Divulgação/Globo)
Milton Leite foi entrevistado pela revista eletrônica Bem Bolada. Entre outros assuntos, o experiente locutor esportivo comentou sobre a fase ruim vivida pela seleção brasileira.
O narrador que está parado desde o fim dos Jogos Olímpicos de Paris em agosto, quando se despediu do Grupo Globo, creditou à ausência de grandes jogadores do Brasil o momento complicado da equipe de Dorival Júnior, que patina nas Eliminatórias.
Assim, descartou Vinícius Júnior ao afirmar que o futebol brasileiro teve somente um único craque nos últimos anos: Neymar.
“A grande discussão é saber por que o Brasil deixou de produzir craques. Na minha opinião, o único craque que a gente produziu nos últimos 12 anos é o Neymar. Mesmo assim, ele é um cara que na seleção ganhou muito pouco. Mas ele é um craque, um jogador acima da média”, opinou Milton Leite.
Milton Leite: “Dorival não é o culpado”
Desse modo, absolveu Dorival Júnior ao ressaltar que o Brasil não tem mais entre quatro e seis atletas fora-de-série como em outros tempos. Entretanto, o atual treinador da seleção brasileira não seria o ficha um do jornalista.
“Temos nomes melhores do que o Dorival, mas ele não é o culpado pelo que está acontecendo”, enfatizou, admitindo que o país também não vem mais produzindo treinadores de alto nível.
Portanto, Milton Leite considera pouco provável que a seleção brasileira de hoje, com Vinícius Júnior como a principal referência técnica, ganhe a Copa do Mundo de 2026. “Se você pensar tecnicamente, acho que o Brasil não tem chance”, reconheceu.
“Neymar tem vaga cativa na seleção”
Questionado se convocaria novamente Neymar, que não tem uma sequência de jogos desde 2023 quando rompeu os ligamentos do joelho, a resposta do comunicador foi afirmativa.
“Faz muito tempo que ele não joga. A gente não sabe como ele está, mas acho que ele ainda tem vaga cativa na seleção. Ele ainda é capaz de criar alguma coisa fora do contexto”, pontuou.
Por fim, Milton Leite escolheu Luciano do Valle como o melhor narrador da televisão brasileira. “Logo depois, o Galvão”, completou.
