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Home Futebol Luan Carlos, técnico do Goiânia, se espelha em Abel Ferreira e projeta vaga na Copa do Brasil 

Luan Carlos, técnico do Goiânia, se espelha em Abel Ferreira e projeta vaga na Copa do Brasil 

Treinador revelou os planos para a próxima temporada e contou sobre o lançamento do seu livro "Além da área técnica”

Por Beatriz Paparazo em 14/12/2024 07:32 - Atualizado há 1 mês

Luan Carlos Neto, novo técnico do Goiânia Esporte Clube - (Divulgação/ assessoria)

Pessoas são quem fazem o futebol. E quem não entende de pessoas, não entende de futebol. Foi assim que Luan Carlos Neto, novo técnico do Goiânia, finalizou a entrevista exclusiva ao Torcedores.com. 

Aos 32 anos, o treinador já passou por 10 clubes na carreira – Novo Horizonte (GO), Grêmio Anápolis (GO), Atlético (CE), Brusque (SC), Floresta (CE), Goianésia (GO), Camboriú (SC), Campinense (PB), Caxias (RS) e Brasiliense (DF) e agora tem pela frente o desafio de comandar o Galo Carijó. 

“É uma camisa muito pesada”, iniciou Luan Carlos ao falar sobre o objetivo na temporada e o desejo de voltar ao patamar nacional.  

“Montamos um elenco muito experiente e qualificado. Que a gente consiga desenvolver um bom trabalho e coloque o Goiânia entre os primeiros colocados do estado (…) e, acima de tudo, concretizar o objetivo interno da diretoria, que é conseguir uma vaga para a Copa do Brasil e devolver o clube para Série C do Campeonato Brasileiro”, revelou o técnico. 

“Ou seja, é um projeto bastante audacioso, de bastante responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, é uma grande oportunidade para todos nós”, finalizou o comandante do Goiânia.

Na temporada de 2020, Luan Carlos esteve à frente do Goianésia e ficou na segunda colocação do  Campeonato Goiano. Além da presença garantida no regional, em 2025 o treinador tem pela frente o Brasileirão Série D com o Galo Carijó.

Início de Luan Carlos como roupeiro 

A carreira de Luan Carlos no futebol começou cedo. Aos 15 anos ele já trabalhava como auxiliar de roupeiro e a função deixou um marco na carreira do profissional.

“Precisamos entender que todos, todos que fazem parte de um clube de futebol têm a sua relevância e a sua importância. Muitas vezes, a gente só sente falta do auxiliar de roupeiro ou do roupeiro, quando o trabalho deles não é feito e vemos o quanto esse trabalho é importante, o quanto é fundamental no nosso processo de vitória”, contou o treinador.  

“Então, ter trabalhado nessa área me mostra o quão importante é a gente valorizar cada profissional que faz parte da nossa equipe”, concluiu o técnico sobre a lição que fica após ter começado na carreira como auxiliar de roupeiro. 

Inspiração em José Mourinho, Tite, Abel Ferreira e Jorge Jesus

“Foi o primeiro treinador com quem me identifiquei”, contou Luan Carlos ao falar sobre José Mourinho, técnico vitorioso português que hoje comanda o Fenerbahçe, da Turquia. Além dele, Tite, que ficou seis anos na seleção brasileira e está atualmente sem clube, são os pioneiros como ‘inspiração’ do comandante de 32 anos do Galo Carijó: “Eu realmente mergulhava em leituras, em estudos, em pesquisas, em assistir as suas coletivas”, acrescentou.

“Hoje, gosto muito do Jorge Jesus e Abel Ferreira, são treinadores que têm um conteúdo muito bom de treino. Eles olham o treino como principal fator de um bom jogo, então me espelho muito neles”, contou o técnico do Goiânia.

Não é à toa. A dupla portuguesa Jorge Jesus e Abel Ferreira fez – e ainda faz-, história no futebol brasileiro. O primeiro, no comando do Flamengo, varreu títulos em 2019, bateu o recorde do Brasileirão no formato atual ao somar 90 pontos e deixou o Rubro-negro com mais de 81% de aproveitamento.

Já o segundo está no comando do Palmeiras há quatro temporadas, número impressionante para a média de rotatividade no comando dos times da elite no Brasil. Ao todo, são 10 títulos à frente do Alviverde, ampliando a vantagem da equipe com mais taças da história do Brasileirão. 

Saúde mental no futebol hoje

“É fundamental que a gente tenha um conhecimento base sobre as questões emocionais, porque existem muitas cobranças do treinador para o jogador. Existem muitas ações que o treinador precisa se expor em relação a exigências a esses atletas, e a forma como tu faz isso, como tu direciona é importante”, ressaltou o treinador sobre valorizar a saúde mental no futebol hoje.

Além disso, o técnico ressaltou os aspectos da liderança humanizada e colocou como um ‘critério base para o sucesso no alto desempenho’, destacando que, antes de uma atividade física, o futebol é uma atividade com pessoas. “Temos observado no Brasil diversos treinadores portugueses tendo sucesso, porque eles trabalham dentro dessa metodologia, onde a liderança é a base de toda essa situação”, acrescentou Luan Carlos.

Objetivo do livro: reflexões sobre a prática 

O livro de Luan Carlos: “Além da área técnica: o percurso de desenvolvimento do treinador de futebol”,  tem como objetivo ajudar os profissionais que estão crescendo no esporte e que ainda não tem vivência na modalidade. “É um mundo difícil de entrar, e você entra muito inexperiente, então, talvez, seja um livro para te ajudar nesse processo de adaptação no seu percurso de desenvolvimento”, contou. 

A publicação não é apenas para técnicos. A obra promete ajudar estudantes de educação física, analistas de desempenhos, preparadores físicos, auxiliares técnicos e fisioterapeutas, de acordo com o autor. 

Os profissionais com interesse em seguir carreira no futebol podem aproveitar o conteúdo que apresenta reflexões sobre a prática, ideias sobre modelo de jogo, metodologia de treino, liderança e aspectos organizacionais. 

“Parece infantil, mas não é nada, ou quase nada”, disse o profissional ao revelar que o livro ‘O Pequeno Príncipe’, de Antoine de Saint-Exupéry, ajudou no processo de desenvolvimento da sua própria publicação.

“São várias reflexões filosóficas importantes para a vida. Principalmente para os comportamentos em relação às nossas emoções, as nossas ações com os outros e conosco, o tal do ‘autoconhecimento’”, contou Luan Carlos sobre o ‘livro de cabeceira’, o qual ele faz coleção. 

“No futebol, pouco se fala sobre vulnerabilidade”, disparou o técnico ao comentar mais uma inspiração literária, desta vez em “A Coragem de Ser Imperfeito”, de Brené Brown. “Está longe de ser uma fraqueza, a vulnerabilidade é uma força. Quando a gente mostra a nossa vulnerabilidade, mostramos que não somos perfeitos e que temos muito a aprender”, afinal, pessoas são quem fazem o futebol.  E quem não entende de pessoas, não entende de futebol.

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