Dunga elege três técnicos que “deram aula” no futebol brasileiro: “Todo mundo estuda”

Dunga não acredita em uma superioridade dos técnicos estrangeiros em relação aos brasileiros. De acordo com o capitão do tetra, todos os profissionais escolhidos para o cargo possuem um histórico de aprendizados. Neste cenário, Zagallo, Parreira e Felipão são avaliados como nomes que “deram aula” na seleção e, se possível, deveriam ser alvo de estudos para comprovar o ponto de vista.

“Se estudou, todo mundo acha que é bom. Todo mundo estuda. Zagallo, Parreira, Felipão… são dois termos que se usam muito: ‘estudou’ e ‘fiz o curso na Europa’. Fica uma semana na Europa, não vê dois treinos e vem aqui dizer que estudaram.”, disse Dunga, ao UOL, no Troféu Mesa Redonda.

“Se nós pudéssemos estudar nossos treinadores, Felipão, Zagallo, Parreira… todos que foram campeões do mundo, talvez o futebol brasileiro estivesse um pouquinho mais adiantado.”, acrescentou.

Estrangeiro na seleção brasileira?

Segundo a percepção de Dunga, a CBF não deve escolher o treinador da seleção apenas pela nacionalidade estrangeira. Levando em conta o aspecto de novidade no trabalho, o ex-comandante do Brasil fez questão de elogiar os compatriotas pela capacidade de adaptação com todos os tipos de jogadores.

“Eu defendo o bom treinador. O que vem trazer alguma coisa de novidade para nós […] Nós temos bons treinadores porque eles se adaptam a todos os jogadores. Tem treinadores que só querem um tipo de jogador e um tipo de plantel. Dificilmente, no Brasil, dão escolha de montar seu time, mas nós cobramos resultados.”, afirmou.

Dunga sinaliza cobrança injusta no futebol brasileiro

Ciente da cultura do futebol brasileiro, Dunga enfatizou que os técnicos lidam com uma pressão constante. Diante disso, até mesmo os profissionais vencedores não escapam de críticas, algo refletido através do desempenho do Palmeiras, em 2024, sob o comando de Abel Ferreira.

“A gente tem uma coisa muito imediata no Brasil. O treinador é bom porque está ganhando. Se não ganhou neste ano, não é bom. Tem que ver o trabalho dos últimos anos. Não vai ganhar sempre. É uma série de fatores que influenciam muito.”, externou.