O São Paulo confirmou nesta semana a contratação do meio-campista Oscar, revelado pelo clube, mas que fez praticamente a carreira toda fora do Brasil atuando na Inglaterra e na China. Para o ex-jogador Walter Casagrande, a vinda do camisa 10 para o Tricolor é uma forma de “impressionar”, mas não há qualquer garantia de que vá funcionar.
“O Oscar é uma incógnita muito grande. Ele estava há oito anos na China, em um campeonato pouquíssimo competitivo. Ele é um grande ídolo lá, ganhava uma fortuna. Esse é um ponto”, destacou o comentarista, no “UOL News Esporte”.
“Outro ponto é que o São Paulo está gastando uma grana enorme e quebra a proposta que foi feita meses atrás de organizar as dívidas”, completou Casagrande, lembrando que o Tricolor havia prometido brecar os investimentos para 2025 para equilibrar as dívidas.
Casagrande relembra James e Daniel Alves
Ao falar sobre Oscar, Casão também lembrou de outras contratações midiáticas que o clube fez no passado recente e que na maioria não deram certo e só aumentaram o rombo nas dívidas do clube.
“O São Paulo estava ficando para atrás na questão do impacto e correu para trazer o Oscar”, avaliou Casagrande, ao citar que os rivais estão fortes no mercado por reforços.
Em seguida, o comentarista destacou três contratações que geraram o impacto externo inicial, mas que no geral não foram boas, além de aumentarem as dívidas do SPFC.
“São Paulo trouxe o Falcão nos anos 1980. Funcionou? Sim. Foi campeão em 1985, mas o Falcão não foi titular absoluto com o (técnico) Cilinho”, destacou.
“Daniel Alves funcionou? Não. Muito pelo contrário. Um dos maiores responsáveis por um rombo que o São Paulo entrou. O clube paga até hoje uma fortuna para o Daniel Alves por mês.”
“Trouxe o James Rodríguez. Funcionou? Não! Outro furo na conta. Aumentou o rombo na conta”, apontou o ex-jogador.
Oscar ainda é uma incógnita
Por fim, Casagrande analisou a chegada de Oscar como grande reforço tricolor para 2025.
“Agora traz o Oscar. Vai ter que se adaptar, voltar a competitividade, um esquema todo para ele jogar. Oscar é uma incógnita. Gosto do Oscar, mas não sei se ele seria o impacto necessário para o time”, disse Casão.
“A vaidade do clube é o impacto externo. Mas o impacto real mesmo, que tem que ter dentro do campo, muitas vezes não funciona. Muitas vezes cria só um rombo”, completou.