Cafu ‘esquece’ Romário e elege o melhor jogador da final da Copa de 1994
O lateral-direito entrou ainda no primeiro tempo da decisão contra a Itália, em substituição ao lesionado Jorginho
Cafu é o único jogador da história das Copas do Mundo a ter disputado três finais seguidas. Em 1994, foi acionado por Carlos Alberto Parreira ainda no primeiro tempo do tenso confronto com a Itália no Rose Bowl, no lugar de Jorginho que saiu machucado.
Depois do tetracampeonato em que Romário foi a estrela, Cafu foi titular absoluto na derrota para a França em 1998 e no penta contra a Alemanha em 2002, em que ergueu a taça.
Cafu citou “era de dinossauro”
Ao lembrar a decisão de 1994 no último capítulo do documentário Brasil vs Dunga – Futebol em Pé de Guerra produzido pelo SporTV, o Capitão do Penta exaltou Dunga.
Para o eterno camisa 2 da seleção brasileira, o meio-campista que ergueu a taça nos Estados Unidos foi o grande nome da vitória nos pênaltis sobre a Itália de Roberto Baggio, ao invés de Romário, que passou em branco diante da Azzurra.
“O jogador que tinha uma era de dinossauro em 1990 foi o melhor jogador da final da Copa do Mundo de 1994. Foi o melhor jogador da final”, definiu Cafu, ao citar a Era Dunga, apelido pejorativo criado pela imprensa para rotular o futebol fraco apresentado pela seleção brasileira na Copa do Mundo de 1990, na Itália.
Dunga recebeu pedido de desculpas
Presente no grupo tetracampeão em 1994, Ricardo Rocha revelou ter recebido a mensagem de um amigo que se retratou diante do desempenho de Dunga na Copa do Mundo dos Estados Unidos.
“Teve um amigo meu que me ligou e falou assim: ‘Ricardo, eu queria pedir desculpa a você. Vocês jogaram muito, vocês não sofreram, taticamente foram perfeitos. O Dunga deu carrinho faltando um minuto pra prorrogação lá no campo dos caras. Esse cara é um monstro. Diz a ele que me perdoe porque a gente foi muito influenciado por muita gente da imprensa'”, relatou Ricardo Rocha, na série documental.
Por fim, Sérgio Xavier Filho reforçou o peso das costas tirado pelo camisa 8. “O Dunga é simbolicamente o jogador da seleção de 1994, porque é o jogador que tinha nas costas o fracasso de 1990. Tava nele, tinha o nome dele. A logomarca Era Dunga tava com ele, tava nas costas dele”, disse o jornalista e comentarista do SporTV.