Ex-jogador classificou que o fato do trio não ter atingido alguns feitos não os coloca em um cenário menos expressivo
Tostão se mostrou direto em texto opinativo publicado nesta terça-feira (19), na coluna do UOL Esporte, ao comentar sobre algumas análises serem injustas com jogadores de potencial, simplesmente pelo fato deles não conquistarem títulos ou não ir a uma Copa do Mundo, por exemplo.
No material opinativo, ele citou Zico, Harry Kane e Dirceu Lopes como referências dentro deste contexto. Ídolo máximo do Flamengo, o Galinho ficou marcado por não ter sido campeão do mundo, sucumbindo em três edições de Copa.
Maior goleador da seleção inglesa no recorte atual, Kane convive com o amargo cenário de nunca ter levantado sequer uma taça, seja por clubes ou pelo escrete. Para Tostão, o jogador do Bayern de Munique é o mais completo na atualidade, e ‘perseguido’ indevidamente por esta ‘sina sem títulos’.
Sobre Dirceu Lopes, ele relembrou o fato do ídolo do Cruzeiro ter sido preterido por Zagallo na Copa do Mundo de 1970, mesmo havendo uma carência de centroavante, algo que o icônico atleta poderia suprir tranquilamente na seleção brasileira.
“Nas exageradas análises e comparações entre jogadores e times, da mesma ou de épocas diferentes, olham mais para os números, gols e títulos conquistados do que para o campo. Zico nunca foi campeão do mundo pela seleção. Azar da Copa, disse o mestre Fernando Calazans”, iniciou Tostão.
“O inglês Kane nunca foi campeão e é o mais completo centroavante do mundo, pelas movimentações, passes decisivos e gols. O craque Dirceu Lopes nunca jogou um mundial. Teria ido ao de 1970 se João Saldanha não tivesse sido demitido”, avaliou o comentarista.
Tostão indica grande diferencial de Pelé
Ainda na coluna publicada, Tostão voltou a exaltar Pelé, relembrando os contatos iniciais com o Rei do Futebol, e a ‘descoberta’ do mistério que fazia o ex-atacante do Santos e da seleção brasileira, ser totalmente diferenciado dos demais jogadores.
Na visão do companheiro do Rei do Futebol na Copa de 1970, ele precisava apenas de uma fração de segundos para atravessar o campo adversário, com poucos movimentos, fazendo algo altamente complicado, parecer fácil.