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Renato Gaúcho, em treino do Grêmio (Lucas Uebel/Grêmio)
Renato Gaúcho não esconde o desejo de ganhar mais títulos de peso à frente do Grêmio. Porém, levando em conta que o Tricolor está distante do patamar financeiro para contratar grandes craques, o técnico vê um cenário diferente em relação ao Flamengo. Atingido um nível extraordinário, o clube carioca é avaliado como uma das poucas equipes capazes de, sem o modelo SAF, lutar pelo título do Brasileirão.
“Eu queria muito ser campeão de novo no Grêmio. Mas, no ano que vem no Brasileiro, serão dois campeonatos. A SAF e os clubes que não tiverem SAF. A não ser o Flamengo, que tem muito dinheiro.”, disse Renato Gaúcho, em entrevista ao portal GZH, do Grupo RBS.
Embora o Grêmio tenha a fama de “copeiro” na Libertadores e Copa do Brasil, Renato Gaúcho admite que o poder financeiro faz a diferença em jogos decisivos. Sem confirmar a possibilidade de uma mudança para o modelo de clube-empresa, o técnico considera que, apesar da discrepância, sempre será culpado por eventuais fracassos em campo.
“Já ganhei com times desacreditados no Grêmio. Mas, na hora do vamos ver, dentro do campo, é a qualidade. Faz a diferença. A qualidade pode não ganhar sempre. Mas a probabilidade de ganhar é muito maior do que perder.
“Então tem que ver também onde o Grêmio vai estar. Vai estar aqui em cima, mesmo não sendo SAF, ou vai brigar aqui embaixo. Mas, no momento que não tem SAF, não tem dinheiro, na hora do vamos ver, todo mundo quer ganhar. Costumo falar, você quer um omelete, mas você não dá os ovos. Aí cai sempre na conta de quem? Do treinador.”, afirmou.
Renato Gaúcho vê situação inevitável no futebol brasileiro
Mesmo com “sorte” nos sorteios, Renato Gaúcho não vê brecha para situações fáceis em duelos de mata-mata. Isso porque, cedo ou tarde, um adversário de peso vai surgir no caminho do Grêmio, algo que já aconteceu, nos últimos anos, em partidas contra o Flamengo.
“Mais cedo ou mais tarde você vai cruzar com eles. Por isso que eu falo. Mais cedo ou mais tarde você vai cruzar com os caras da qualidade. Aí se entende o lado do clube que não investiu. Tá, mas agora você quer ganhar. vamos trabalhar para ganhar, mas a tendência, né? Só que aí não ganha e é o treinador.”, indicou.
