Em entrevista para o podcast Arquibancast no canal Arquibancada Tricolor, Nilson Cesar analisou a carreira de um treinador que vem obtendo destaque nos últimos anos no cenário nacional.
Ao falar sobre Fernando Diniz, o veterano narrador da Jovem Pan relatou acompanhar o começo da carreira do técnico hoje no Cruzeiro desde quando trabalhava no interior paulista, no início dos anos 2010.
O locutor esportivo reforçou que o treinador nunca abriu mão de suas convicções, mesmo diante de circunstâncias diferentes.
“Eu conheço o Fernando Diniz desde o Votoraty lá de Votorantim. Ele jogava o esquema dele no Votoraty o mesmo que ele jogou o último jogo do Cruzeiro. O mesmo que ele jogou o tempo todo no São Paulo. Dá pra jogar assim todo o jogo? Claro que não!”, exclamou.
Lembrança de vexame do São Paulo
Nilson Cesar citou o exemplo da goleada sofrida pelo SPFC de Diniz para o Internacional de Abel Braga por 5 a 1 no início de 2021. Aquela foi a maior derrota da história do Tricolor Paulista no MorumBIS.
“O Abel falou: ‘Eu vou roubar a bola desses caras grossos aqui e vou meter um monte’. Ganhou de cinco. É uma coisa tão lógica”, disse o radialista, ao comentar a facilidade dos clubes da Europa promoverem revoluções táticas pela qualidade dos jogadores que atuam no Velho Continente.
Aliás, o comunicador definiu o São Paulo como um clube coadjuvante no cenário nacional nos últimos anos.
Para Nilson Cesar, não existe uma cultura única no futebol
Nilson Cesar contestou a insistência de Fernando Diniz na manutenção de seu esquema, independente do clube e do elenco.
“O treinador tem que se adaptar ao grupo que ele tem. Esse negócio de cultura única, ‘porque esse treinador quero ele porque ele joga assim’. A teimosia desse Fernando Diniz é isso. Será que esse rapaz não vai acordar? Porque tá ficando velho”, criticou.
“Ele foi jogador de bola, entendeu? O futebol não é uma maneira única, não tem esse negócio de uma maneira única jogar futebol”, concluiu.