Técnico destacou esquema semelhante ao que foi visto na seleção brasileira em 2002
Vanderlei Luxemburgo acredita que o Cruzeiro de 2003 causou mais encanto em relação ao Flamengo de 2019. Somando 52 vitórias, 13 empates e oito derrotas no ano, com 77,16% de aproveitamento, o time celeste faturou a Tríplice Coroa e, segundo o treinador, foi responsável por um futebol mágico que foi colocado acima da equipe de Jorge Jesus.
“Quem jogou mais futebol, coletivamente, e encantou? O Cruzeiro de 2003 ou o Flamengo do Jorge Jesus?”, questionou-se, no Charla Podcast.
“Cruzeiro (jogou mais futebol). Aqueles caras faziam um negócio mágico. Ganhar uma Tríplice Coroa é complicado. Aquele time foi fantástico. O time jogava um espetáculo de futebol, era um time consciente e equilibrado taticamente. Fazia a parte individual com muita facilidade. Os jogadores viveram um grande momento. Mais de 100 (pontos no Brasileirão).”, respondeu Luxemburgo.
Luxemburgo explica esquema tático do Cruzeiro
Utilizando três zagueiros, Luxemburgo replicou o modelo tático da seleção brasileira e quis deixar o trio de ataque sem responsabilidades defensivas. Neste cenário, além de Edu Dracena, Luisão e Cris, os homens de confiança no meio-campo foram cruciais para o sucesso do Cruzeiro.
“Outra coisa é o seguinte. Nós não tínhamos todo esse time que se pensa. O Gomes era um baita goleiro, o Maurinho eu tirei do Santos, Dracena, Luisão e Cris, e o Leandrinho na esquerda. Eu fiz um losango no meio-campo com Maldonado, Wendel e (Augusto) Recife.”
“Muito parecido com o que o Felipão fez na Copa do Mundo. Eu encolhia o Maldonado e fazia Recife (junto) com o Wendel. Era um time de qualidade e força, mas não era um time de grandes jogadores.”, recordou.
Luxemburgo fez exigência em time histórico do Cruzeiro
Principal jogador da equipe, Alex contou com o apoio de Deivid e Aristizábal no ataque do Cruzeiro. Diante da genialidade atrelada ao camisa 10, Luxemburgo deixou claro que o comportamento defensivo não seria tolerado.
“O Alex fazia muita diferença. Deivid e Aristizábal faziam gol pra caramba. O Aristizábal jogava demais, cara! Meu Deus do céu. Absurdo. Eu montei um tripé para deixar esses caras jogarem. Eu falava para o Alex: ‘Se você voltar pra marcar volante, eu te tiro do jogo’. Ele era obrigado a ficar nas costas do volante.”, contou.