Luxemburgo elege o melhor técnico da história do futebol brasileiro
Ex-técnico da seleção brasileira destaca revolução tática promovida por profissional no futebol mundial
Ex-técnico da seleção brasileira destaca revolução tática promovida por profissional no futebol mundial
Um treinador que revolucionou o futebol mundial. É assim que Vanderlei Luxemburgo enxerga o legado deixado por Zagallo, ex-comandante da seleção brasileira campeã da Copa do Mundo de 1970 e, na opinião de Luxa, o “maior de todos os tempos”.
Em participação no “Charla Podcast”, o técnico revelou que tem o “Velho Lobo” como sua maior referência na carreira.
“Zagallo para mim foi o maior de todos os tempos entre todos os técnicos. Na frente demais. As pessoas não veem o Zagallo da forma como ele tem que ser visto. Ninguém ganhou tanto quanto ele, títulos importantes”, destacou Luxemburgo.
“Ele trouxe benefício ao futebol que se joga hoje e foi feito em 1970. O Carrossel holandês foi usado uma vez só. O que o Zagallo fez em 1970 se pratica hoje”, completou o técnico, enumerando algumas das “revoluções” trazidas pelo treinador, que morreu em janeiro deste ano, aos 92 anos.
“O esquema de três zagueiros e um lateral, Zagallo fez em 1970 com o Everaldo. Dois volantes de qualidade, Zagallo fez com Clodoaldo e Gérson. Jogar sem centroavante, como foi feito com Messi (Guardiola escalou o argentino assim no Barcelona), Zagallo fez isso com Tostão… Hoje o mundo faz isso”, finalizou Luxemburgo.
Luxemburgo relembra conflitos com Romário
Na mesma entrevista, Luxa ainda relembrou os tempos em que dirigiu o craque Romário no Flamengo, em 1995.
naquele ano, o Flamengo montou um timaço para tentar ganhar tudo no ano de seu centenário e terminou a temporada com muitos conflitos e nenhum título.
“Contrataram o Romário e tínhamos duas pessoas de personalidade muito forte. Eu e o Romário, Totalmente antagônico. Romário tinha a maneira dele de ser. Eu tinha ganhando já muita coisa, sempre com muita disciplina e profissionalismo. O Romário tinha algumas regalias que eram dadas pelos dirigentes. Estavam no contrato”, explicou Luxemburgo, sobre a relação com o atacante.
“Romário peitava o comando. Ele se insubordinava contra o comando. E aí você tinha que peitar. Naquela época, o Flamengo deveria ter mandado embora eu, o Kleber Leite (presidente) e o Romário”, avaliou Luxa, admitindo que também errou em alguns conflitos com o Baixinho.
“Hoje eu me dou bem com ele”, finalizou Luxemburgo, que deixou claro que se as situações ocorressem hoje, tomaria medidas completamente diferentes da época e tentaria ficar em paz com o melhor jogador do mundo de 1994.