Treinador destaca genialidade de atleta com a bola nos pés e lamenta poucas Copas do Mundo disputadas
Quem é o melhor jogador da história depois de Pelé? Essa é uma pergunta bastante complicada para jogadores e treinadores, mas não para Vanderlei Luxemburgo. Em participação no “Charla Podcast”, o técnico não teve dúvidas para afirmar que Ronaldinho Gaúcho é o maior de todos após o Rei do Futebol.
“Ronaldinho é um gênio da bola. Vendo agora as coisas que passaram, ele deixou de jogar duas Copas do Mundo. Um jogador do nível dele não pode deixar de jogar duas Copas. Vendo o que ele fazia com a bola… Acho eu dirigi todos os grandes em três décadas… O Ronaldinho seria, depois do Pelé, o maior jogador do mundo”, definiu Luxemburgo.
“Por tudo o que ele faz com a bola, como ele trata, o entendimento que ele tem. Ele é mágico. Ele faz coisas que talvez nem o próprio Pelé fazia, com a habilidade que tem. Ronaldinho faz coisas mágicas. Dá gosto de ver”, continuou o treinador.
Ronaldinho acima de Messi
Atualmente, o argentino Lionel Messi é considerado por muitos como o maior de todos os tempos e há quem diga que superou até mesmo Pelé e Maradona, mas Luxemburgo discorda.
“Ele acha espaço onde ninguém consegue ver. Ronaldinho Gaúcho tem muito mais virtudes que o Messi. Não tenho nenhuma dúvida”, finalizou.
Revelado pelo Grêmio em 1998, Ronaldinho trabalhou com Luxa na seleção brasileira e no Flamengo. A grande fase na carreira do craque brasileiro foi com a camisa do Barcelona entre 2003 e 2008.
Luxemburgo aponta Zagallo como maior treinador da história
Além de Ronaldinho, Luxa também revelou sua opinião sobre o maior técnico da história do futebol brasileiro. Para ele, Mario Jorge Lobo Zagallo é superior a qualquer treinador.
“Zagallo para mim foi o maior de todos os tempos entre todos os técnicos. Na frente demais. As pessoas não veem o Zagallo da forma como ele tem que ser visto. Ninguém ganhou tanto quanto ele, títulos importantes”, destacou Luxemburgo.
“Ele trouxe benefício ao futebol que se joga hoje e foi feito em 1970. O Carrossel holandês foi usado uma vez só. O que o Zagallo fez em 1970 se pratica hoje”, completou o técnico, enumerando algumas das “revoluções” trazidas pelo treinador, que morreu em janeiro deste ano, aos 92 anos.
“O esquema de três zagueiros e um lateral, Zagallo fez em 1970 com o Everaldo. Dois volantes de qualidade, Zagallo fez com Clodoaldo e Gérson. Jogar sem centroavante, como foi feito com Messi (Guardiola escalou o argentino assim no Barcelona), Zagallo fez isso com Tostão… Hoje o mundo faz isso”, finalizou Luxemburgo.