Técnico da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 2000, Vanderlei Luxemburgo, hoje sem clube, reconheceu que um dos grandes erros da sua carreira foi não ter convocado Romário para Sydney. Na ocasião, a relação entre os dois havia ficado estremecida.
Em entrevista ao podcast Benja Me Mucho, no YouTube, Luxa afirma que se deixou levar pela boa campanha do Pré-Olímpico e por conversas com Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, e Marco Antônio Teixeira, ex-secretário geral da entidade.
“Me arrependi de não ter levado o Romário para as Olimpíadas. Eu deveria ter levado. O meu atrito na CPI, aquele negócio todo foi porque a Globo queria que o Romário fosse para as Olimpíadas. Eu não estava levando ninguém acima de 23 anos, e o Ronaldo não pôde ir por causa da lesão”, diz Luxemburgo.
A seleção brasileira, que tinha nomes como Alex, Ronaldinho Gaúcho e Lúcio acabou eliminada nas quartas de final ao perder para Camarões por 2 a 1.
“O Ricardo Teixeira entendia que os jogadores acima de 23 anos na Olimpíadas passada não tinham tido um comportamento bom. Então, numa reunião interna decidimos não levar. Eu mantive aquilo, mas se você me perguntar hoje o que faria, levaria o Romário. Eu teria mais chances de ganhar”, completou.
Luxemburgo e Romário resolveram seus problemas
Apesar daquele atrito, Luxemburgo revela uma que uma conversa olho no olho com Romário foi determinante para aparar as arestas com o ex-atacante. Fora da Olimpíadas, o Baixinho tinha a promessa que seguiria na seleção principal.
“Eu tive uma discussão feia com o Romário, mas sabe que eu gosto dele. Eu expliquei pra ele que não levaria nenhum jogador acima de 23 anos, não era nada contra ele. O time estava pronto, molecada, mas para a seleção principal ele tava convocado. Apertamos as mãos. Acabou o problema”, garante.