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Luxemburgo aponta técnico “manjado” no Brasileirão: “Não é novidade”

Treinador multicampeão também reforçou o sentimento de indignação com número de estrangeiros na Série A

Por Bruno Romão em 18/11/2024 12:43 - Atualizado há 4 minutos

Luxemburgo, ex-técnico do Palmeiras (Cesar Greco - Palmeiras)

Treinador multicampeão também reforçou o sentimento de indignação com número de estrangeiros na Série A

Vanderlei Luxemburgo foi sincero ao analisar um dos estilos mais autênticos do Brasileirão Betano. Mesmo enaltecendo a coragem de Fernando Diniz em manter uma filosofia de jogo particular, o ex-técnico da seleção avalia que o comandante do Cruzeiro virou um profissional “manjado”. Isso porque os rivais estão cientes dos pontos fracos da estrutura tática em questão, algo visto na reta final do trabalho à frente do Fluminense.

“O Diniz encontrou um jeito de jogar naquele trabalho que ele faz. Mas ele não consegue empregar isso toda hora. Ele precisa de tempo e tem que ganhar. Todo mundo já identificou o modelo dele e tá muito copiado. Não é mais uma novidade. Ele é muito bom e muito competente, foi legal tentar fazer uma coisa que ele pensa, mas não é dessa forma que funciona.”, disse Luxa, ao Charla Podcast.

“O treinador tem que ter uma versatilidade muito grande. Tem que jogar de acordo como os adversários jogam. Ele perdeu muitos jogos e tomou muitos gols em função da exigência que ele tem de sair daquela forma. Já descobriram aquilo ali.”, acrescentou.

Luxemburgo valoriza técnicos brasileiros com grande potencial

Em relação ao atual momento dos técnicos do Brasileirão, Luxemburgo reprova o alto número de estrangeiros na Série A. Neste cenário, sem acreditar que os compatriotas estão ultrapassados, o experiente treinador citou Eduardo Baptista, Roger Machado e Filipe Luís, o último campeão da Copa do Brasil pelo Flamengo, como nomes que possuem bastante qualidade.

“O Eduardo Baptista tomou decisões erradas, mas vai aprender. O Roger Machado está voltando agora, é um baita profissional. Tomara que o Filipe Luís surja como uma grande promessa nossa. Não acho que tenha que ter 14 ou 15 treinadores de fora.”, afirmou.

“Os treinadores não querem problemas de botar jovens. Querem trazer (jogadores) de fora e estão ocupando espaço dos brasileiros, como os técnicos. O Jorge Jesus é muito bom, o Artur Jorge é muito bom, o Abel é muito bom. Mas e os outros?”, prosseguiu.

Luxemburgo reprova aposta em estrangeiros no Brasileirão

Além dos jovens treinadores, Luxemburgo destacou parte dos componentes de uma geração repleta de grandes técnicos brasileiros. Porém, houve uma sinalização de que os clubes não estão dando chances para formação de novos profissionais, já que os estrangeiros estão ganhando cada vez mais espaço.

“Nós tivemos Vanderlei Luxemburgo, Felipão, Mano, Parreira, Zagallo… o que aconteceu com nossa geração? Foram tirando (treinadores) jovens e começaram a trazer treinadores de fora para times que não são de ponta. Estão ocupando espaço de quem poderia se tornar (grandes) treinadores brasileiros.”, reprovou.

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