Filipe Luís pode ter problema no Flamengo, antecipa Flávio Prado

Jornalista da Jovem Pan sinaliza cobrança por resultados no futebol brasileiro e análise ineficiente dos dirigentes

Flávio Prado gostou do que leu da entrevista de Ferran Soriano, CEO do Grupo City, e que bancou a permanência de Rogério Ceni no Bahia para 2025. Mesmo pressionado pela torcida, o ex-goleiro recebeu apoio do empresário que comparou seu método de trabalho no dia a dia ao de Guardiola.

No programa Bate Pronto, Flávio Prado afirmou que Soriano é um dirigente com uma mentalidade diferente dos cartolas brasileiros que tomam decisões baseadas em resultados e não em trabalho.

“O Jesus ficou marcado pelos títulos, não tivesse ganhado esquece. O que segura o Abel Ferreira no Palmeiras? Os títulos. Felizmente, o Ferran Soriano deu uma entrevista muito interessante quando perguntaram a ele sobre o Rogério Ceni. Ele disse que os métodos de treinamento que o Ceni utiliza são os mesmos do Guardiola”, inicia Flávio Prado.

“Agora repetir é complicado. Quando o Ceni dá um treinamento para o Caio Alexandre, que é bom jogador, mas ele não é o Rodri. O Everaldo não é o Haaland. Ele quis dizer que treinador faz o trabalho dele dentro daquilo que ele pode, e que não rola por uma série de coisas. Peças, encaixe…”, avança o jornalista.

Flávio Prado alerta Filipe Luís no Flamengo

Flávio Prado teme que Filipe Luís, no Flamengo, futuramente possa ter o ciclo encerrado por uma avaliação equivocada de dirigentes que não possuem conhecimento necessário.

“Não é só o resultado, mas isso é uma cabeça de fora, do Ferran Soriano. Fosse outro time, o Ceni estaria ameaçadíssimo. Não há ninguém no Brasil com a capacidade do Soriano para analisar se o trabalho está sendo bem feito. Acha que o Marcos Braz sabe dizer se o treino do Filipe Luís é bom ou ruim?”, analisa.

“Ele não sabe nada, é um torcedor com cargo. Ele vai julgar resultados. Por isso, se o Filipe Luís não ganhar, vai ter problemas. O título da Copa do Brasil deu um fôlego pra ele. A leitura de jogo aqui é muito ineficiente, boa parte não tem capacidade pra fazer esa leitura”, concluiu.