Casagrande manda a real para torcedores do Palmeiras: “Ninguém é burro ganhando o tempo todo”

Durante o programa esportivo “UOL News Esporte”, Walter Casagrande saiu em defesa do técnico Abel Ferreira, alvo de críticas de parte da torcida do Palmeiras após a derrota por 3 a 1 para o Botafogo no Allianz Parque. Os gritos de “burro”, dirigidos ao treinador durante o jogo, geraram polêmica e foram prontamente rebatidos por outros torcedores presentes no estádio.

Apesar de ser o técnico mais vitorioso da história recente do Palmeiras, Abel Ferreira enfrenta uma temporada abaixo do esperado em 2024, com eliminações em torneios continentais e resultados oscilantes no Brasileirão Betano. A derrota para o Botafogo foi um golpe na disputa pelo título, mas o português segue com respaldo da diretoria e da maioria da torcida.

O incidente: substituição de Estêvão

A revolta começou após Abel substituir Estêvão, jovem destaque do Palmeiras, que sentiu dores e foi substituído por Maurício. A alteração, no contexto de uma derrota em casa, irritou parte da torcida, que gritou contra o treinador. No entanto, outros palmeirenses imediatamente vaiaram os críticos, demonstrando apoio ao técnico.

Casagrande minimizou as críticas e exaltou o currículo de Abel Ferreira, que já soma 10 títulos pelo Palmeiras: “Burro o Abel não é. Ninguém é bicampeão brasileiro, bicampeão da Libertadores, tricampeão paulista, além de Recopa e Supercopa, sendo burro. Um treinador burro ganha um título de vez em quando, e olhe lá.”

O comentarista destacou a inteligência e o método de trabalho do técnico português: “Ganha toda hora porque tem inteligência, treina os caras todo dia, entende do negócio, sabe mexer. E quando ele mexe, ele espera alguma coisa que ele viu no treino daquele cara. Se o Abel mexe e o Palmeiras vira para 4×3 como ano passado, ele é gênio. Se o Abel mexe e os caras que entram não conseguem se mexer, mudar o jogo, aí chama de burro”.

Divisão na torcida e influência interna

Casagrande também abordou a reação no estádio, onde muitos torcedores rebateram os gritos de “burro” com vaias. Para ele, as críticas podem ter motivações externas: “A turma que chamou ele de burro tem envolvimento de interesses dentro do Palmeiras. Não dá para levar em consideração esse grupo que chamou o Abel de burro. Vale muito mais os outros que aplaudiram”.