O Brasil não participou das Paralimpíadas de Paris no basquete em cadeira de rodas, tanto no masculino, quanto no feminino. Mas pelo menos, os homens já conseguiram um bom resultado internacional.
É que a seleção brasileira masculina conquistou a medalha de bronze no Sul-Americano da modalidade, após vencer a Venezuela por 77 a 53. A competição terminou no último domingo (3) em Bogotá, capital da Colômbia.
A disputa se deu com 11 seleções e a opção do técnico Itamar da Silva foi levar um elenco mais jovem, a fim de começar o processo de renovação para o ciclo de Los Angeles 2028.
“Para o último jogo, o técnico pediu para que mantivéssemos nosso trabalho que viemos fazendo ao longo do campeonato, com todo mundo participando do jogo. Me sinto feliz podendo ajudar minha equipe em um momento importante”, comemorou Sérgio Veiga, o “Serginho”, cestinha brasileiro no confronto diante da Venezuela, com 22 pontos. Com a medalha de bronze, os brasileiros garantiram uma vaga para a Copa América de 2025.
Seleção terminou fase de classificação em terceiro lugar
Na primeira fase, a seleção venceu Venezuela, Chile e Peru, mas foi derrotada por Argentina e Colômbia. Essa campanha lhe deu o terceiro lugar na primeira fase da competição.
“O Brasil participou deste Sul-Americano com a equipe mais jovem de sua história, com quatro atletas que nunca haviam participado da seleção brasileira e outros atletas da Seleção sub-23, que vão estar no Mundial.”, explicou Mário Belo, presidente da Confederação Brasileira de Basquete em cadeira de rodas. O dirigente cita o fato que o Brasil foi escolhido para ser sede do Mundial sub-23 de 2025.
Campanha do Brasil no Sul-Americano
29/10
Venezuela 41 x 68 Brasil
30/10
Brasil 76 x 30 Chile
31/10
Peru 22 x 78 Brasil
01/11
Argentina 58 x 46 Brasil
02/11
Brasil 47 x 60 Colômbia
03/11
Brasil 77 x 53 Venezuela (Disputa da medalha de bronze)
Como funciona o basquete em cadeira de rodas
As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). No jogo, o jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta obedecem ao padrão do basquete olímpico. São disputados quatro quartos de 10 minutos cada.
Em termos de medalhas, o Brasil ainda não possui nenhuma conquista em Paralimpíadas. As melhores colocações nacionais foram um quinto lugar no masculino e sétimo, entre as mulheres, nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016.