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Ana Sátila, da canoagem, ainda lamenta quarto lugar nas Olimpíadas; “Dói muito”

Atleta mineira conta como o esporte mudou sua vida e ressalta a importância da prática como ferramenta de cidadania

Por Carlos Lemes Jr em 11/11/2024 08:29 - Atualizado há 2 meses

Ana Sátila já chegou a final olímpica do caiaque cross (Miriam Jeske/COB)

Ana Sátila se tornou uma verdadeira referência no Brasil quando o assunto é a canoagem slalom. Apesar de quatro participações em Olimpíadas, a edição de Paris 2024 foi a mais marcante na carreira da atleta de 28 anos.

Em entrevista ao podcast do Comitê Olímpico Internacional (COI), Sátila falou sobre a  importância que sua colocação na competição teve para o esporte em nível nacional: 

“É difícil ainda, porque eu confesso que eu estou ainda numa gangorra, sabe? Porque ao mesmo tempo que o quarto lugar foi muito especial, o quinto lugar foi muito especial. Foi assim um resultado que foi histórico para a canoagem no Brasil.

Eu fiquei muito contente com essa participação. Só que doeu muito terminar tão próximo da medalha”, confessou a atleta.

O quinto lugar veio na edição de Tóquio de 2020, mas realizada em 2021, por conta da pandemia do coronavírus. Além das edições da França e do Japão, a atleta participou das etapas de Londres 2012 e Rio 2016. Na mesma entrevista, a mineira de Iturama, conta que já está com foco em Los Angeles 2028.

“(Vou) para Los Angeles com tudo o que eu posso na minha melhor forma, e eu tenho certeza que eu acho que sonhar é a chave, sabe? Você acreditar com tudo.”, afirma a canoísta.

Atleta acredita na transformação social pelo esporte

Não são apenas as competições de alto nível que motivam Ana Sátila, que afirma ver na prática esportiva uma ferramenta de cidadania:

“O esporte ajuda, educa, influencia, cria um estilo de vida totalmente diferente. Eu não tinha expectativa de vida nenhuma, sabe, quando eu comecei no esporte, minha família passava muita necessidade.

Eu não imaginava que tudo isso terminaria dessa forma, sabe? Eu jamais imaginei. Então, eu tenho muito orgulho da minha trajetória e por ter lutado tanto”, finaliza. 

Brasileira não foi a única que ficou no “quase”

Ter ficado perto de um pódio olímpico em Paris não foi exclusividade de Ana Sátila na delegação brasileira. Marcus D´ Almeida também chegou como grande esperança de medalha no tiro com arco, mas parou nas oitavas de final da disputa. Diferentemente da ginasta Rebeca Andrade que alcançou seu recorde de medalhas em Olimpíadas.

O Brasil terminou na 20ª colocação no quadro de medalhas: foram três ouros, sete pratas e dez bronzes totalizando 20 premiações.

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