Zico e Rogério Ceni marcaram seus respectivos no futebol brasileiro em diferentes épocas, mas possuíram um comandante técnico em comum: Telê Santana, profissional este que eles classificam como “chato”, mas obviamente no bom sentido.
Entrevistado pelo “Resenha do Fred”, em material divulgado nesta segunda-feira (14), Zico destacou o perfil de cobrança que Telê adotava nos bastidores para com os atletas, algo que segundo ele, era crucial para a evolução dos atletas. O Galinho ainda fez um contraponto com o cenário visto na atualidade.
“Hoje em dia, o treinador fica batendo papo, os auxiliares que dão os treinos. Outro cara que no profissional que era muito “chato”, mas importante era o Telê. Ele ficava ali do seu lado, e se você chutava errado vinha um ‘está errado, bate assim’”, relembrou o ex-jogador.
Também comandado por Telê Santana, em tempos áureos de São Paulo, Rogério Ceni nunca escondeu a admiração pelo “professor”, profissional este com quem ele se identificou, e acabou “herdando” muitas características, como comprometimento e seriedade no trabalho.
“Ele acrescentou muito na minha carreira, me mostrou o que era profissionalismo, comprometimento, ser sério no trabalho. Ele era assim todo dia, era sempre o mesmo Telê, poucos sorrisos”, disse Ceni, em entrevista ao UOL.
No ano passado, em jogo do Brasileirão, Ceni viralizou em um vídeo divulgado pela “TV Bahêa” onde ele aparece na preleção estimulando os jogadores. Na oportunidade, ele admite o perfil “chato” dele de trabalhar no dia, mas frisa que o objetivo é trazer os atletas consigo, característica semelhante a Telê.
Zico vê erro em excesso de profissionais na comissão técnica
Ainda na entrevista ao Grupo Globo, Zico reforçou uma opinião manifestada recentemente em outro bate papo, acerca do volume expressivo de membros em uma comissão técnica. Na avaliação do Galinho, não há necessidade de um grupo ter seis, sete profissionais junto com o treinador no dia a dia.
Para o ídolo rubro-negro, este quantitativo mais atrapalha do que ajuda no trabalho, haja vista que o comandante técnico tem que ouvir diversas ideais e posicionamentos, perdendo assim parte da sua autonomia.
Em conselho recente dado Filipe Luís, o ex-jogador pediu para que ele siga as próprias convicções e não se deixe calar mediante à tomada de decisões no Flamengo.