Home Futebol Zetti sinaliza técnico ideal para a seleção brasileira: “Gosto”

Zetti sinaliza técnico ideal para a seleção brasileira: “Gosto”

Ex-goleiro não acredita que chegada de estrangeiro vai causar impacto positivo no Brasil

Bruno Romão
Bruno Romão atua, como redator do Torcedores.com, na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Zetti, ídolo do São Paulo (Reprodução/Facebook)

Zetti foi cauteloso ao avaliar o atual momento da seleção. Apesar da pressão envolvendo o trabalho de Dorival Júnior, o tetracampeão do mundo não quis pedir o desligamento imediato do técnico. Neste cenário, ao contrário de boa parte dos torcedores, a contratação de um profissional estrangeiro sem experiência no país foi rechaçada no discurso.

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Fazendo uma ressalva sobre Abel Ferreira, do Palmeiras, Zetti acredita que Dorival Júnior merece um voto de confiança. Diante do momento complicado nos bastidores da CBF, o ex-goleiro não vê a entidade facilitando a vida do treinador da seleção.

“Eu acho que não (precisa de estrangeiro). Eu sou contra. Se o estrangeiro tiver aqui, como o Abel, beleza. Ele já conhece e vive o futebol brasileiro. Se você pegar um cara que acabou de chegar e nem conhece o time dele, vai colocar para dirigir uma seleção? Eu não concordo.”, disse Zetti, em entrevista ao FerRô Cast.

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“Eu gosto do Dorival. Ele tá numa tempestade que não é de agora. Essa tempestade já vem (do passado). A CBF tá muito difícil. As pessoas que estão comandando não estão preocupadas com o cenário do futebol brasileiro.”, acrescentou.

Em relação ao desempenho dentro de campo, Zetti vê a seleção fugindo do padrão que garantiu cinco títulos mundiais. Como a Argentina aplicou o estilo aguerrido na Copa do Mundo de 2022, o título em questão foi atrelado às raízes da Albiceleste.

“A Argentina foi campeã porque jogou como o futebol argentino. Pegada, dando porrada, carrinho… o Brasil jogou com futebol cadenciado, marcação alta, marcação baixa… um time europeu […] Ganhamos cinco títulos e batemos na trave muitas vezes jogando nosso futebol com quarto zagueiro, volantes, dois meias, atacante pela direita… a gente sempre foi isso.”

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“Se você pegar o Brasil jogando contra a Croácia, como tava o time? Os argentinos não iriam tomar aquele gol.”, prosseguiu.

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Zetti destaca falta de referência na seleção para os torcedores

Coordenador de goleiros da base do São Paulo, Zetti trouxe um relato de como os europeus, ao contrário dos brasileiros, são idolatrados pelos jovens. No caso do Tricolor, Manuel Neuer costuma ser atrelado ao posto de maior referência, enquanto Alisson e Ederson não possuem o mesmo status.

“A referência dos meus goleiros na base de Cotia, se você (perguntar) quem é o melhor goleiro, (vão responder) o Neuer. O melhor goleiro tem que ser o brasileiro. Alisson, Ederson, Rafael, que é do meu clube. Falta esse envolvimento a mais.”, contou.

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