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Ricardo Oliveira, ex-atacante da seleção brasileira (Reprodução)
Ricardo Oliveira não tem dúvidas sobre o técnico capaz de recolocar a seleção nos eixos. Caso um estrangeiro seja prioridade da CBF, houve uma sinalização de que Abel Ferreira é o nome mais indicado para o cargo. Levando em conta o trabalho histórico à frente do Palmeiras, o português, acumulando experiência dentro do Brasil nos últimos anos, foi sugerido para o lugar de Dorival Júnior.
“Se for estrangeiro, tem que ser o Abel Ferreira. O cara tá no Brasil ganhando tudo há anos. É um cara que entende e conhece o futebol brasileiro como ninguém. Você vai trazer alguém de fora para colocar aqui? Ele é um cara que fala e põe a cara. Pra mim, tinha que ser ele.”, disse Ricardo Oliveira, ao Zona Mista do Hernan, do UOL Esporte.
“Optaram pelo Dorival Júnior, bacana. Eu trabalhei com o Dorival, mas por que a gente não consegue consolidar um treinador brasileiro na seleção?”, acrescentou.
Dono de um grande sucesso na carreira, Ricardo Oliveira vê o futebol brasileiro perdendo a essência do passado. Sem considerar que existe uma grande escassez de centroavantes, o ex-jogador mencionou o caso de Cristiano Ronaldo, que deixou de ser um ponta para virar um dos maiores goleadores da história.
“Falta capacidade para encontrar bons centroavantes? Eu não acho. Continuamos formando. Falta a gente recuperar nossa essência. Centroavante tem que fazer gol.”
“O Alex Ferguson fez o Cristiano Ronaldo virar uma máquina. Ele jogava pelo lado do campo, driblava e fazia um gol. O Ferguson quis que ele fizesse mais gols, atacasse a área, quebrasse linhas e fizesse facão. Ele virou essa máquina. Não tem no Brasil isso? Precisamos resgatar nossa essência.”, analisou.
Pep Guardiola atrapalhou a seleção? Ricardo Oliveira vê o espanhol sendo copiado
Admirador do futebol brasileiro, Pep Guardiola teve uma grande inspiração ao promover o estilo de jogo que foi adotado por outros técnicos. Embora o comandante do Manchester City possa servir de referencial, Ricardo Oliveira acredita que a seleção não precisa copiar o padrão europeu.
“Pra mim, eu acho que perdemos nossa identidade e características. Eu ouvi o Guardiola, alguns anos atrás, falando que via como o brasileiro gostava de ter a bola. Só que ele ditou um estilo de jogo. Teve um atleta que disse: ‘O Pep Guardiola acabou com o futebol’. É um estilo de jogo único que a gente traz pro Brasil e queremos copiar o jogo do europeu.”
“A gente perdeu nossas características como país do futebol e que era modelo para o mundo.”, opinou.
