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Muricy Ramalho, do SPFC, define técnico que revolucionou o futebol brasileiro: “Gênio”

Atual coordenador do São Paulo também recordou de um trabalho ruim do consagrado treinador antes de se tornar multicampeão

Por Marco Maciel em 16/10/2024 13:03 - Atualizado há 1 mês

Muricy Ramalho, ex-técnico do SPFC (Reprodução/YouTube)

Atual coordenador do São Paulo também recordou de um trabalho ruim do consagrado treinador antes de se tornar multicampeão

Muricy Ramalho foi o primeiro entrevistado do podcast Histórias do Futebol, comandado por Milton Neves no YouTube.

O ex-técnico e hoje coordenador de futebol do SPFC participou do programa realizado na casa do comunicador, ao lado dos jornalistas Alexandre Praetzel e Felipe Morais.

Quando Milton Neves pediu para Muricy Ramalho definir Telê Santana, o ex-técnico do São Paulo foi categórico. “Esse é um gênio, a palavra é gênio”, enalteceu. “Ele é um gênio não só porque ganhou”.

O atual dirigente são-paulino falou da necessidade do profissional de obter os resultados em qualquer área para alcançar o sucesso.

“Para mostrar que ele é bom, ele tem que ganhar primeiro. Ganhar uma vez, o cara [diz que] foi sorte, deu liga, aquelas conversas que tem no futebol. Mas o cara tem que ganhar várias vezes, aí ele vai mostrar se é bom”, opinou.

Muricy Ramalho: “Telê foi mal no SPFC em 1973”

Muricy Ramalho, que escolheu Rafael Paiva, do Vasco, como técnico revelação do Brasil, recordou da fracassada primeira passagem de Telê Santana pelo São Paulo, ainda na década de 70.

Na oportunidade, o saudoso treinador falecido em 2006 o dirigiu como jogador e não teve uma performance bem-sucedida no MorumBIS, ficando por apenas seis meses.

“A gente tem que tomar muito cuidado de falar que ‘aquele técnico é bom’ ou ‘aquele técnico é ruim'”, observou. “Ele foi meu treinador na primeira passagem no São Paulo. Você lembra: ele foi mal”, recordou.

Daquela parceria no distante ano de 1973, surgiu o convite de Telê Santana para que Muricy se tornasse seu auxiliar no SPFC na década de 90.

“Ele foi me buscar no juvenil porque ele foi meu treinador e ele não foi bem no Morumbi”, enfatizou. “São coisas que acontecem e depois um fenômeno”, definiu, citando o trabalho vitorioso de seis anos de Telê na década de 90.

Por fim, Muricy Ramalho destacou o trabalho de seu mestre com os jogadores fora das quatro linhas.

“O Telê além de ganhar, tinha essa coisa. Ele melhorava o atleta, ele melhorava o jogador. Além de melhorar dentro do campo fisicamente, fora do campo também ele melhorava demais”, relatou, definindo Telê como um profissional acima da média e na frente de seu tempo.

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